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Eletromobilidade

Ônibus elétricos devem representar 10% da frota em dois anos

Ônibus elétricos devem representar 10% da frota em dois anos. Ilustração: IPPUC

 

Os veículos elétricos devem representar, dentro de dois anos, 10% da frota de ônibus de Curitiba, com o início da adoção da eletromobilidade no transporte coletivo da cidade.

A projeção da Urbanização de Curitiba (Urbs), que gerencia o transporte coletivo na cidade, é que sejam adquiridos, em uma primeira etapa, 134 veículos elétricos no período – 57 para o eixo Leste-Oeste e 77, para o Inter 2 e Interbairros 2.

“É o início da transição para a eletromobilidade, com emissão zero de ruído e CO2, e cujos veículos, do tipo Ligeirão (com menos pontos de parada), trarão ainda outros ganhos para o usuário, como a redução do tempo de deslocamento”, explica o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto.

Atualmente, apenas 4% da frota de ônibus da cidade funciona com energia limpa ou de baixa emissão. No médio prazo, até 2030, 33% da frota deverá operar com emissão zero; alcançando 100% até 2050, como parte do Plano de Ação Climática (PlanClima), a alinhado às ações globais de sustentabilidade.

Desafios

Segundo Maia Neto, até lá, alguns desafios terão que ser superados, como o alto custo de aquisição dos ônibus elétricos bem como das baterias, que representam 50% do valor do veículo. Para viabilizar a substituição gradual dos veículos a diesel para os elétricos também será necessário montar uma infraestrutura eficiente, com pontos de recarga e ampliação da rede de energia. 

Na primeira etapa, a previsão da Urbs é que para o eixo Leste-Oeste sejam adquiridos 57 biarticulados com piso alto, com capacidade para 250 passageiros. A linha deve transportar até 200 mil passageiros/dia (120 mil no eixo Leste e 80 mil no eixo Oeste). A estimativa é de uma redução de 23 minutos no deslocamento e 350 quilômetros de autonomia operacional. 

Para o Inter 2 serão 46 articulados piso alto e para o Interbairros 2, são 31 articulados piso baixo. Serão beneficiados 181 mil passageiros por dia – 118 mil no Inter II e 75 mil no Interbairros II, com uma redução de 32 minutos no tempo de deslocamento. 

“Esses projetos representam um marco para a cidade não apenas no aspecto ambiental e tecnológico, mas também vão influenciar o modelo de negócio do próximo edital de concessão do transporte coletivo, em 2025”, diz Maia Neto.

A implantação de ônibus elétricos é base do Programa de Mobilidade Sustentável de Curitiba, que tem como âncora os projetos de evolução do transporte curitibano, do Inter 2 e Leste-Oeste, com financiamentos externos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do New Development Bank (NDB), respectivamente.

Os primeiros testes de ônibus elétricos devem começar nos próximos meses em linhas existentes do sistema de transporte coletivo.

Publicado pela Urbs, o edital de chamamento público em 26 de maio tem cadastramento aberto neste link ou presencialmente, de segunda-feira a sexta-feira, das 12h30 às 18h30, no Prédio Central da Urbs (Avenida Presidente Affonso Camargo, 330, na Rodoferroviária). O período de cadastramento vai até às 23h59 do dia 30 de novembro.

Os testes serão realizados na cidade por 60 dias, sendo admitido período mínimo de 30 dias. O acordo de cooperação terá validade de dez meses, podendo chegar a 12 meses.