<P align=justify>O&nbsp;entulho da obra do Centro Municipal de Educação Infantil (Creche) Bairro Alto está virando matéria prima dentro da própria construção. Restos de material cerâmico como telhas e tijolos e também os restos da argamassa usada na própria obra estão sendo transformados em agregado reciclado, material que substitui a argamassa. "Aqui nós queremos perder o mínimo", defende o engenheiro civil Nelson Wargha Filho, da Prefeitura.</P> <P align=justify>A economia no revestimento foi de 40%. "Mas no final da construção saberemos quanto a Prefeitura terá economizado em relação aos valores totais da obra", esclarece ao destacar que os ganhos para o meio ambiente são imensos. Como o lixo da creche não seria suficiente, a construtora que venceu a licitação para a construção do prédio, a Enjiu, está mandando para o terreno todo o resíduo de outras construções para ser aproveitado na unidade da Prefeitura. </P> <P align=justify>"Trabalhamos com os operários a questão das perdas de material e isso abrange todo tipo de material. Tudo está sendo separado. Organizamos o canteiro e tudo está sendo usado de forma racional", explica. Em vez de pilhas enormes, baias separam a madeira usada conforme o tamanho, pregos removidos são guardados para o caso de serem aproveitados depois, quando for possível, e ainda proporcionam mais segurança aos próprios operários. A experiência piloto faz parte da monografia sobre reciclagem dos resíduos da construção civil, desenvolvida pelo engenheiro da Prefeitura.</P> <P align=justify>Na última quarta-feira (25) um funcionário pintava os latões onde serão depositados o plástico, papel e vidro, que já estão sendo separados na obra. O lixo orgânico também tem local certo para ser colocado. "Tudo é uma questão de organização do canteiro de obra. O ideal é não gerar resíduo, mas se não houver jeito, tentamos reduzi-lo. Se não der, reutilizamos e se também não der pensamos no reaproveitamento. Isto é a gestão do resíduo. Basta nos acostumarmos e vamos poder melhorar o meio ambiente", defende otimista o engenheiro da Prefeitura.</P> <P align=justify>O material que será transformado no agregado reciclado é despejado num moinho. O equipamento de 2,5 toneladas tem dois grandes rolos (de 600 quilos cada) que misturam tudo o que vai ser reciclado. Com menos cimento do que a argamassa convencional e sem a necessidade da cal, o material misturado substitui a areia. Para não haver risco quanto ao material utilizado, foram feitos testes com vários corpos de provas que são analisados quanto à qualidade do material, sua aderência, resistência e quanto à compatibilidade em relação às normas exigidas. "O material é resistente", garante Nelson. </P> <P align=justify>Além de ser usado para assentar os tijolos, unindo-os e formando as paredes da nova creche, o material reciclado serve também como revestimento das paredes (emboço). </P><B> <P align=justify>Como será - </B>A creche do Bairro Alto terá 523,55 metros quadrados, com duas salas para as turmas de maternal, duas para as crianças do jardim e mais duas para o berçário - que contará, inclusive, com área para trocador e banho dos bebês. </P> <P align=justify>A creche também terá um espaço para brincadeiras, além de solário, um pátio coberto e outro descoberto. Uma rampa facilitará o acesso de pessoas especiais. Além do banheiro adaptado para a altura das crianças, haverá banheiro para portadores de necessidades especiais. </P> <P align=justify>Completam a estrutura a sala para os educadores da unidade, uma outra para o funcionamento da parte administrativa, o almoxarifado, a cozinha, despensa, lavanderia e área de serviço externa. A creche Bairro Alto atenderá crianças de zero a seis anos de idade. A nova creche começa a funciona ainda neste ano.</P> <P align=justify>Veja ainda: <STRONG><A href="https://www.curitiba.pr.gov.br/Noticia.aspx?id=3492">Câmara e Prefeitura debatem destinação de resíduos da construção</A></STRONG></P> <P align=justify>&nbsp;</P></FONT>