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Nutricionista explica a mães do Pinheirinho tudo sobre alimentação para crianças

Oficina sobre Introdução Alimentar para crianças na Unidade de Saúde Sagrado Coração com a nutricionista Clarissa Aliski - Curitiba, 21/06/2023 - Foto: Daniel Castellano / SMCS

Ver o bebê ganhar peso e crescer com autonomia, fazendo escolhas alimentares saudáveis desde pequeno, foi o tema da oficina de Introdução Alimentar, realizada nesta quarta-feira (21/6), na Unidade de Saúde Sagrado Coração, Pinheirinho.

De acordo com Adriana Walesko, autoridade sanitária da US Sagrado Coração, o objetivo foi mostrar às mães como iniciar a transição alimentar do líquido para sólidos e a textura ideal dos alimentos.

“O caldinho de feijão engrossado nem sempre é o melhor alimento. Essas oficinas são para mães de bebês nascidos em fevereiro de 2023 e que estão próximas de voltar ao trabalho. Então a orientação é importante para alimentação das crianças porque isso previne obesidade”, disse Adriana.

Começar certo

A nutricionista Clarissa Aliski frisou a importância de introduzir os bons hábitos alimentares desde cedo. “O que começa errado, continua errado. A criança deve ser apresentada aos alimentos como arroz, feijão, carne, legumes e frutas para ter uma dieta equilibrada e com os nutrientes necessários para se desenvolver”, explicou.

Os alimentos devem ser cozidos em tempero e a transição da alimentação líquida para a sólida deve começar aos 6 meses de idade. Para facilitar a compreensão, Clarissa levou lentilha, batata, cenoura e ovo cozido para demonstrar como dispor os alimentos no prato.

“Além de oferecer o alimento com colher, é importante também deixar a criança comer com as mãos para que ela sinta a textura dos alimentos”, ensinou Clarissa. 

Evitar a seletividade alimentar

Deixar a criança comer sozinha com as mãos ou com a colher é fundamental para evitar a seletividade alimentar, que surge porque a criança não come sozinha desde o começo. Além disso, os alimentos devem ser dispostos separadamente não em forma de papinha.

Clarissa explicou que a partir dos 8 meses de idade não é mais necessário amassar alimentos, bastando cortar em pedaços pequenos, que a criança já consegue comer.

O açúcar pode esperar

Outra dica importante, foi para as mães evitarem dar doces para as crianças pelo menos até os dois anos de idade. Estão nessa classificação achocolatados, bebidas açucaradas, cereais matinais, gelatina em pó com sabor, mingaus instantâneos preparados com farinhas de cereais, chocolate, bala, iogurte com sabor e outros.

“Nós já nascemos com a predisposição para o doce. Não precisa acelerar o processo”, disse a nutricionista.

O consumo de açúcar está relacionado ao desenvolvimento de diversas doenças na vida adulta, mas muitas vezes é um hábito que começa na infância.

A ingestão precoce faz com que crianças ainda pequenas apresentem doenças crônicas que eram típicas de adultos, além de ser uma alimentação de baixa qualidade nutricional que pode levar ao ganho de peso excessivo, ao surgimento de placa bacteriana e cárie nos dentes, além de outras doenças associadas.

Controle da coluna servical

Para as mães que ainda têm dúvida de quando iniciar a alimentação com os sólidos, Clarissa explicou que, além de observar o período de seis meses, o momento certo é quando o bebê já apresenta o controle da coluna servical e consegue permanecer sentado sem ajuda, que geralmente coincide com a fase em que a criança pega objetos e começa a levar na boca.

“Mesmo que a criança ainda esteja mamando no peito, isso não interfere no processo de alimentação. No caso de bebês que tomam fórmula, deve-se dar um intervalo de 1 hora entre a fórmula e a alimentação”, ressalvou.

Para a mãe de primeira viagem Priscila Rocha de Matos, 24 anos, moradora no Pinheirinho, as orientações foram muito úteis.

“Estas dicas são ótimas porque eu estava totalmente perdida, já que este é o meu primeiro filho. Vai me ajudar muito”, disse ela que é mãe de David, de 4 meses.

Janaína Bruna Morais Scola, 30 anos, que também mora no Pinheirinho e é mãe do Benjamim, de 4 meses, também gostou bastante do conteúdo da oficina. “Muito útil este curso. Eu vou repassar isso tudo para a avó que vai ficar com o meu filho quando eu voltar a trabalhar”, comentou.

Ao final, as mães receberam uma cartilha com o conteúdo repassado na oficina.