As atividades de Educação Ambiental de 2025 na Casa de Acantonamento do Zoológico de Curitiba serão retomadas neste sábado (22/2) e domingo (23/2). As crianças do CEI Professor José Cavallin, da Regional Bairro Novo, vão participar da atividade e encontrar uma grande novidade no local. O Zoo comprou um biodigestor que transforma resíduos orgânicos, como cascas de frutas e verduras, em biogás e biofertilizante. O Zoológico de Curitiba é o primeiro do país a usar essa tecnologia para a gestão de resíduos.
Os estudantes verão na prática todo o ciclo de transformação de resíduos em energia renovável, em uma aula de sustentabilidade ao ar livre. O biogás produzido é utilizado na cozinha da Casa do Acantonamento para fazer café, esquentar água e cozinhar alimentos consumidos no local. O biofertilizante será usado na horta e nas plantas do local.
A secretária municipal do Meio Ambiente, Marilza Dias, explica que essa iniciativa é mais um exemplo da busca constante de Curitiba em ser cada vez mais sustentável.
“As crianças vão aprender como os resíduos podem ser aproveitados para virar energia renovável e não ir para um aterro sanitário. A Casa de Acantonamento é o local ideal para o início desse projeto, pois é onde as crianças têm aulas sobre educação ambiental. Com isso também conseguimos melhorar a gestão dos resíduos orgânicos do Zoo”, disse Marilza.
Nesta segunda-feira (17/2), completaram-se os primeiros 30 dias de uso do equipamento e técnicos da empresa foram ver como está o funcionamento, além de explicar as especificidades do biodigestor. Para ativar o equipamento e dar início ao processo de geração do biogás foram usados dejetos dos hipopótamos do Zoo.
Aula prática
De acordo com a coordenadora da Educação Ambiental do Zoo de Curitiba, Cláudia Bosa, o biodigestor se integra ao propósito de educação ambiental da Casa de Acantonamento, onde as crianças aprendem os ciclos que existem na natureza.
Cláudia Bosa, coordenadora da Educação Ambiental do Zoo de Curitiba.
“As crianças vão utilizar os resíduos que elas mesmas geram com a alimentação, como as cascas de frutas, por exemplo. A gente vai conseguir fazer eles participarem da colocação dos resíduos no biodigestor, explicar como isso funciona e os benefícios ambientais. Com isso podemos falar sobre as mudanças climáticas, que é um tema que a gente não pode deixar de trabalhar aqui na Casa de Acantonamento”, disse Cláudia.
A representante da empresa Carta da Terra, Nilcelene Gusso, é a franqueada autorizada da BioMovement, empresa que distribui o biodigestor HomeBiogas, e explicou que o equipamento atende a 13 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Organizações das Nações Unidas (ONU).
Nilcelene Gusso, representante da empresa Carta da Terra.
“É um produto extremamente completo com essa tecnologia avançada e inovadora, trazendo vários benefícios ao meio ambiente. O biodigestor traz uma ferramenta pedagógica incrível para Educação Ambiental e também para educação de disciplinas comuns dentro da escola também”, definiu Nilcelene.
O superintendente de Controle Ambiental, Ibson Campos, e o diretor de Pesquisa e Conservação da Fauna, Edson Evaristo, também acompanharam a visita técnicao.
História
A Casa de Acantonamento recebe crianças de escolas públicas, uma vez por mês, aos fins de semana, para dois dias repletos de atividades educativas e de preservação animal. Desde a inauguração do espaço, em 9 de novembro de 1991, até dezembro de 2024, foram feitos 851 acantonamentos, com 34.960 alunos atendidos e 5.244 professores participantes.