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Sustentabilidade

No Dia Mundial Sem Carro, legados de Curitiba que a tornam referência em mobilidade sustentável

Curitiba já conta com uma malha cicloviária de 280,2 km, entre ciclovias, ciclofaixas, ciclorrotas e vias compartilhadas. Foto: Daniel Catellano/SMCS

Nesta sexta-feira (22/9), celebra-se o Dia Mundial Sem Carro, movimento internacional que busca sensibilizar as pessoas a deixar o carro em casa e se deslocar usando transporte coletivo, bicicletas ou caminhando. Em Curitiba, a preocupação da Prefeitura em inspirar e dar condições para que a população adote estas práticas é permanente, com forte investimento no transporte público e no estímulo ao uso dos chamados modais “verdes”, como bicicletas e caminhar.

Do Bus Rapid Transit (BRT), referência no mundo em transporte público com seus 83 km de canaletas exclusivas, ônibus biarticulados e estações-tubo, aos programas Caminhar Melhor e de Ciclomobilidade, que valorizam a mobilidade ativa, legados de Curitiba que se espalham pelo Brasil e mundo são um convite para que o Dia Mundial Sem Carro seja celebrado e vivido permanentemente pelos curitibanos.

Transporte público referência

Curitiba é referência nacional e internacional em transporte público ao ser a primeira cidade a usar corredores exclusivos, as canaletas, para a circulação de ônibus, bem como por seus 23 terminais de transporte coletivo de Curitiba e 330 estações-tubo que recebem diariamente 600 mil passageiros. O Bus Rapid Transit (BRT) surgiu na década de 1970 e a inovação curitibana está presente em mais de 200 países pelo mundo, que também utilizam as canaletas exclusivas para o transporte público. Outro fato que mudou a história da mobilidade de Curitiba foi o início da circulação dos ônibus biarticulados pelas canaletas na década de 1990. Durante a primeira gestão do prefeito Rafael Greca, entre 1993 e 1996, foram iniciadas as integrações dos terminais de ônibus com as Ruas da Cidadania e, desde 2017, Curitiba vem se preparando para dar mais um passo para o futuro seguindo a tradição da inovação. Os projetos dos novos Inter 2 e BRT (Bus Rapid Transit) Leste-Oeste, que integram o Programa de Mobilidade Urbana Sustentável de Curitiba, farão a transição do transporte público atual para a era da eletromobilidade. Para o Novo Inter 2, estão sendo investidos US$ 106,7 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e US$ 26,7 milhões em recursos da PMC. Já para o BRT no corredor Leste-Oeste, estão sendo aplicados US$ 75 milhões do New Development Bank (NDB) e US$ 18,7 milhões da PMC.

Primeiros ônibus elétricos

O aumento da capacidade e da velocidade da Linha Direta Inter 2 e a adequação e melhoria do itinerário do BRT (Bus Rapid Transit) Leste-Oeste, que integram o Programa de Mobilidade Urbana Sustentável de Curitiba, caminham juntos com o processo de eletrificação da frota de ônibus da capital. Curitiba vai adquirir, com investimento próprio de R$ 200 milhões, 70 ônibus elétricos, que entram em circulação em 2024 e vão marcar a passagem do transporte coletivo da capital da matriz de combustíveis fósseis para a eletromobilidade. Os primeiros testes com modelos de potenciais fornecedores já começaram em 2023.  A entrada dos ônibus elétricos, a partir do próximo ano, vai aumentar a sustentabilidade ambiental ao reduzir as emissões de CO2 na atmosfera.

Caminhar Melhor por toda a capital

Em 1972, Curitiba também mostrou que o pioneirismo está em seu DNA quando inaugurou o famoso Calçadão da Rua XV de Novembro. A capital foi a primeira cidade brasileira a transformar uma de suas principais ruas do Centro em um calçadão para pedestres, privilegiando o caminhar e a convivência entre as pessoas. A Curitiba atual também segue investindo em mobilidade ativa, privilegiando o cidadão. Desde 2017, a gestão do prefeito Rafael Greca está implantando o programa Caminhar Melhor que prevê investimentos de R$ 9,5 milhões para obras de revitalização e acessibilidade das calçadas até o final de 2024. Entre 2017 e 2023, já foram recuperados e implantados mais de 82 km de novos passeios pelo Centro e bairros da capital. Exemplos de locais que já estão contemplados com o Caminhar Melhor são as ruas Kellers, Bley Zornig e João Parolin. O projeto contempla a valorização do espaço público, com a melhoria da paisagem urbana, da segurança nos deslocamentos e com a criação de novas conexões cicloviárias e de favorecimento à acessibilidade no ambiente urbano. 

Plano Cicloviário e bikes compartilhadas

O Plano Cicloviário de Curitiba prevê, até o fim de 2025, mais de 400 km de ciclovias espalhada pelos bairros. Atualmente, Curitiba já conta com uma malha cicloviária de 280,2 km, entre ciclovias, ciclofaixas, ciclorrotas e vias compartilhadas. Em 2023, o prefeito Rafael Greca lançou um inédito sistema de bicicletas compartilhadas com estações fixas, que fortalece a ciclomobilidade como componente relevante da intermodalidade do transporte público curitibano. Com a parceria do município com a empresa Tembici, curitibanos e turistas passaram a contar com 500 bicicletas compartilhadas, entre mecânicas e elétricas, disponíveis para locação por meio de aplicativo. Todas as bicicletas têm GPS para evitar furtos ou vandalismo.

Educação no trânsito permanente

Através da Escola Pública de Trânsito, a Prefeitura de Curitiba atua de forma contínua na conscientização dos cidadãos quanto aos comportamentos adequados no trânsito, com o objetivo de promover a segurança e a preservação da vida. A Escola oferece espaços educativos, como a minipista, onde curitibinhas aprendem e vivenciam a vida urbana, especialmente no que diz respeito ao trânsito nas ruas, calçadas e semáforos em escala reduzida, enfatizando o transporte coletivo e as opções de modais mais sustentáveis. Além disso, os agentes de trânsito realizam visitas a escolas e promovem ações educativas para diversos grupos de condutores, contribuindo de maneira significativa para uma condução mais segura e responsável em Curitiba. Como incentivo adicional, a escola de trânsito em conjunto com outras secretarias municipais, também ensina às crianças da rede municipal de ensino como andar de bicicleta, a respeitar as regras do trânsito e a compreender a importância de manter um estilo de vida ativo para a saúde e qualidade de vida, bem como noções de sustentabilidade e respeito ao meio ambiente.

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