Um dos pontos altos da missão técnica do prefeito Rafael Greca em Roma (Itália) ocorreu nesta segunda-feira (11/11), quando ele foi recebido por dirigentes da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) para apresentar os trabalhos realizados na capital paranaense na Segurança Alimentar.
Ao lado do secretário municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, Luiz Gusi, Greca propôs a criação do Anel Alimentar Metropolitano. O projeto visa ampliar para a Região Metropolitana de Curitiba (RMC) políticas públicas e projetos de Segurança Alimentar já implantados na capital que contribuem no acesso facilitado da população à alimentação saudável e ao combate à fome.
“Começa a cooperação da FAO com Roma e com Curitiba. Nossa ideia curitibana do Anel Metropolitano, com Fazendas Urbanas, vai ser referência mundial. Apresentamos esta ideia em que conciliaremos grandes hortas comunitárias com Armazéns de Família, Mesas Solidárias, Restaurantes Populares, Bancos de Alimentos e Mercados Desperdício Zero”, destacou Greca.
A proposta é expandir programas criados pela Prefeitura de Curitiba na área da Segurança Alimentar em 20 municípios da Região Metropolitana, sendo nove cidades conurbadas à capital paranaense e outras 11 vizinhas.
O prefeito, recebido pela embaixadora Carla Carneiro, representante permanente do Brasil junto à FAO, também contou como funcionam os projetos implantados pela Prefeitura nos últimos anos para garantir aos moradores acesso a alimentos de qualidade. “Orgulho de ver que o grande nome de Curitiba brilha também aqui. Nossa expertise criada em Curitiba fascinou a mesa de trabalho de relevância global. Faça-se o pão”, afirmou o prefeito.
Também participaram da reunião: a diretora da FAO para Alimentação Urbana, Corinna Hawnes; a representante da AFD na FAO, Alix Françoise; o oficial da FAO Jacobo Schuerch; o chefe de Política Agrícola e Alimentar, de Agricultura, Meio Ambiente, Reciclagem de Resíduos do Município de Roma, Fabio Bonanno; o representante do Brasil na FAO, Vicente Bezerra; os diretores de Produzione di Cibo Urbano, Cláudio Borgi e Paulo Venezia; o secretário municipal de Planejamento, Finanças e Orçamento de Curitiba, Cristiano Hotz; e o assessor de Articulação Política da Prefeitura de Curitiba, Lucas Navarro.
Transformação
No período da tarde, a missão de Curitiba se reuniu com representantes da Prefeitura de Roma: além de Fabio Bonanno, o chefe de Recursos para Roma, Claudio Bordi; Andrea Messori, da rede de hortas comunitárias e Agricultura Urbana; e o representante do Conselho de Política Alimentar da capital italiana, Paolo Venezia, da Slow Food Roma.
No encontro, Gusi mostrou que a área da Segurança Alimentar de Curitiba passou por uma grande transformação desde que Rafael Greca e Eduardo Pimentel assumiram a Prefeitura de Curitiba, em 2017.
Também explicou aos italianos que não só a cidade paranaense é beneficiada pelas ações da capital no combate à fome : todos os 29 municípios da RMC, que reúnem aproximadamente 3,5 milhões de pessoas, também recebem o impacto positivo das ações, direta ou indiretamente. A agricultura familiar das cidades vizinhas, por exemplo, é essencial para abastecer as feiras da cidade e para o preparo das refeições na rede municipal de ensino.
Ações e programas
No encontro, Greca e Gusi contaram como funcionam as cinco unidades do Mesa Solidária, que já distribuíram 1,3 milhão de refeições gratuitas para pessoas em situação de vulnerabilidade social preparadas com ingredientes do Banco de Alimentos de Curitiba, que arrecadou 1,1 mil tonelada de alimentos de 2020 a 2024.
Além de ofertar as refeições gratuitas no Mesa Solidária, a Prefeitura de Curitiba trabalha para garantir o acesso da população à alimentação por preços acessíveis, frisou o prefeito.
Há cinco unidades do Restaurante Popular que oferecem 5.100 refeições por dia a R$ 3. São elas: Capanema (reaberto em janeiro de 2018), Praça Rui Barbosa, Sítio Cercado, CIC/Fazendinha e Pinheirinho. E agora estão em andamento as obras do Restaurante Popular do Tatuquara.
A população de Curitiba e região também pode comprar produtos em média 30% mais baratos do que nos supermercados nos 35 Armazéns da Família, e hortifrútis a R$ 4,99 o quilo em 11 unidades do Sacolão da Família.
A capital conta, também, com 174 hortas urbanas que produzem 1.605 toneladas de alimentos por ano para mais de 40 mil pessoas, além de duas Fazendas Urbanas.
Gusi citou, ainda, o trabalho voltado para a qualificação profissional desenvolvido pelas Escolas de Segurança Alimentar: Patrícia Casillo; Jardim Botânico; Dom Bosco, no Campo de Santana; Casa Culpi, em Santa Felicidade; Vila Agrícola, no Cajuru; e Fazenda Urbana do Cajuru.