Curitiba participa, nesta quarta-feira (3/11), da Semana das Cidades na Expo Dubai 2020 (2021), como concorrente no Desafio Climático das Cidades Inteligentes (Climate Smart Cities Challenge).
A capital paranaense foi selecionada pelo UN-Habitat, programa das Nações Unidas para assentamentos humanos, e o Viable Cities, programa sueco de inovação estratégica, a participar do concurso com vistas a identificar problemas e criar soluções para a redução de gases do efeito estufa.
A proposta de Curitiba é a de aplicar um modelo de zero emissão de CO2 com a promoção do desenvolvimento socioambiental na região do Vale do Pinhão, no Rebouças.
“Curitiba dá mais um grande passo no avanço contínuo pela sustentabilidade. O Vale do Pinhão, nosso ecossistema de inovação, é emblemático neste processo. Vamos trabalhar com Educação Ambiental. Teremos, como âncoras, a escola municipal Engenheiros Rebouças e o CMEI Enedina Marques, que serão implantados, e todo um eixo de intervenções de suporte ambiental, social e de inovação”, afirmou o prefeito Rafael Greca.
Com Curitiba foram selecionadas outras três cidades: Bogotá (Colômbia), Bristol (Reino Unido) e Makindye Ssabagabo (Uganda). Escolhidas após a chamada aberta com 58 inscrições de 54 cidades ao redor do mundo, as quatro cidades têm como missão orientar projetos locais com o suporte do apoio do UN-Habitat e dos demais parceiros do Climate Smart Cities Challenge: Viable Cities, Teknik företagen Vinnova, a Agência Sueca de Energia, Smart City Sweden e Business Sweden.
Pragmatismo
Para o presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Luiz Fernando Jamur, a participação de Curitiba entre as cidades selecionadas para o Climate Smart Cities Challenge fortalece os princípios do desenvolvimento ordenado estabelecidos já no Plano Diretor.
“O pragmatismo de Curitiba no cumprimento do que está estabelecido no seu plano de desenvolvimento é o que tem garantido, ao longo do tempo, o êxito dos projetos aplicados em nossa cidade. O suporte do UN-Habitat, da Viable Cities e demais parceiros da Suécia são de grande valia para agregar experiências e inovações com vistas ao desafio comum a todos que é o das mudanças climáticas”, reforçou Jamur.
Na proposta de Curitiba, que busca ser contemplada com recursos dos parceiros do Desafio do Clima, está a dinamização de projetos em andamento nas áreas da segurança alimentar, com a recuperação da região do Mercado Municipal, Restaurante Popular, Armazém da Família e Espaço Social do Capanema; de atenção à população em situação de risco, com o Mesa Solidária e um novo albergue na futura Praça Solidária, no Rebouças; e ainda a recuperação ambiental do Rio Belém em toda a sua extensão.
Como suporte local às intervenções está o Vale do Pinhão, localizado em região que integra Universidade Federal do Paraná (UFPR), a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), o Instituto Federal do Paraná (IFPR), a OPET, a UNICURITIBA, a FAE a UP (Unidade Santos Andrade) e ainda os Institutos Lactec, o Jardim Botânico e centros hospitalares de excelência.
Transição Climática
Na opinião do estrategista de portfólio do programa Viable Cities, Olle Armstrand Dierks, a iniciativa pode fazer uma grande diferença na transição climática nas cidades. O Viable Cities tem a missão de apoiar o desenvolvimento de cidades neutras para o clima até 2030 como um catalisador para novas formas de cooperação nas mais diversas áreas, com foco no cumprimento dos Objetivos Globais de Sustentabilidade (ODS) e o Acordo de Paris.
“Ao trabalharmos de perto com essas quatro cidades com grandes objetivos e por muito tempo, poderemos aprender lições que serão importantes para grandes investimentos nos desafios mais importantes para a transição climática", pontou o representante do Viable Cities, da Suécia.
A formatação final das propostas e o anúncio dos vencedores deverá ocorrer em fevereiro de 2022. Para o período de fevereiro de 2022 a 2023 está previsto o teste das soluções vencedoras e a definição de estratégias de implementação e disseminação.
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