Sem receber pensão alimentícia do pai há mais de um ano, o adolescente Iury Theyllo, 15 anos, foi até o Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Caximba, na tarde desta sexta-feira (25/10). Ele foi assistido pela equipe da Defensoria Pública do Estado, que promoveu um mutirão de atendimento jurídico para os moradores das comunidades 1º de Setembro e 29 de Outubro, no bairro Caximba.
“É um direito meu e, por isto, vim pedir ajuda para tentarem localizar meu pai e fazer com que ele pague a pensão”, contou o rapaz, que nasceu no Maranhão, morou em Goiânia e há cinco anos veio para Curitiba. Enquanto aguardava a mãe para continuar o pedido, Theyllo entrou na fila para atendimento odontológico, outro serviço levado ao mutirão pela Secretaria Municipal da Saúde.
Assim como Theyllo, outras 24 famílias, previamente cadastradas, receberam atendimento para questões relacionadas à família, entre elas o reconhecimento de paternidade, pensão alimentícia e divórcio. Para orientações jurídicas não houve limite de senha.
Na área de execução penal, as pessoas que procuraram o Cras também puderam fazer certidões de nascimento e retificação de documentos. O mutirão contou ainda com serviços da Defensoria de Direitos Humanos e da Promotoria de Justiça das Comunidades e do Grupo Dignidade.
“A oferta de todos esses serviços tem o objetivo de transpor barreiras, principalmente financeira e de locomoção, e fazer com que a população dos bairros mais afastados tenha acesso a direitos”, explicou o defensor público, Erick Le Palazzi Ferreira, coordenador do Centro de Atendimento Multidisciplinar.
Facilidade
Com problemas na coluna, a dona de casa Ana Cristina França, 26 anos, também foi ao Cras para pedir um carrinho para transportar o filho caçula, Luan de França Duarte Rodrigues, de 2 anos e meio.
Ao ver o consultório odontológico móvel, Ana pediu atendimento para a filha Iasmin, 8 anos, que há dias reclamava de dor de dente ao comer. “Eu já tinha marcado no postinho, mas no dia não pude ir porque meu filho ficou doente”, contou a mulher que nasceu no Mato Grosso do Sul e há três meses foi morar no Caximba. Ana elogiou a iniciativa de levar tantos serviços gratuitos para perto da população.
Dayana da Silva, 25 anos, foi ao Cras para acompanhar o marido, Alex, 27 anos, que estava com dor, depois que quebrou um dente. Moradores do bairro Umbará, eles estavam na região para visitar a mãe de Dayana e correram para buscar assistência. “Se não tivesse atendimento aqui, teríamos que pagar, já que é uma emergência”, disse a mulher, enquanto aguardava o marido.