As regiões da Vila Leão e do Aurora, na Regional Pinheirinho, começaram a ser percorridas nesta segunda-feira (14/4) por agentes comunitários da Secretaria Municipal da Saúde. A movimentação integra o Mutirão Curitiba Sem Mosquito, iniciativa da Prefeitura de Curitiba que promove ações para conter os focos dos mosquitos Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Com o apoio de funcionários da regional e de 14 soldados do 5° Batalhão Logístico Blindado do Exército Brasileiro, o grupo iniciou a circulação por 20 quarteirões na região das unidades de saúde dos dois locais. O trabalho continua nesta terça-feira (15/4) e na quarta-feira (16/4) os caminhões da Prefeitura vão recolher os entulhos e lixos descartados pelos moradores.
“Estamos indo de casa em casa na região para orientar a população. A receptividade está sendo boa, a população está acolhendo nossas equipes com respeito e com o entendimento da importância de combater o mosquito Aedes Aegypti”, explica Cleverson Fragoso, supervisor do núcleo da Secretaria Municipal da Saúde da Regional Pinheirinho.
O mutirão é o sexto realizado em 2025 na Regional Pinheirinho. Somando os esforços das operações anteriores, já foram recolhidas mais de 20 toneladas de entulho, material que poderia causar diversos transtornos à população, como a proliferação dos mosquitos transmissores de doenças.
Em levantamento da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), feito no início do mês de abril, mais de 139 toneladas de material inservível haviam sido recolhidas em 30 mutirões contra a dengue na cidade.
Trabalhos realizados
Além das regiões na Regional Pinheirinho, em que os trabalhos estão em andamento, foram atendidos em abril locais na Regional Portão. Nos dias 8 e 9 de abril, as equipes realizaram ações em 22 quarteirões do bairro Fazendinha. E no dia 10 foi feito o recolhimento dos materiais descartados.
Cajuru e Boa Vista
Nos dias 15 e 16 de abril, será a vez do bairro Cajuru receber o Mutirão Curitiba Sem Mosquito. A ação dos agentes será realizada em 25 quarteirões nas proximidades da US São Domingos. A retirada dos entulhos será feita 22 de abril.
No período de 15 a 23 de abril, os agentes farão a orientação de cuidados para prevenir a proliferação de focos de dengue no bairro Santa Cândida, na Regional Boa Vista. O trabalho vai se concentrar em 20 quarteirões que circundam a US Fernando Noronha e a coleta de entulhos ocorrerá no dia 24 de abril.
CIC e Boqueirão
Na Regional CIC, o mutirão contra a dengue ocorrerá nos dias 22 e 23 de abril, ao longo de 20 quarteirões próximos da US Atenas e a coleta de material descartado será feita em 24 de abril.
Esta etapa do trabalho será concluída com o mutirão na Regional Boqueirão. Serão percorridos 15 quarteirões no entorno da US Pantanal, no Alto Boqueirão. No dia 25 de abril, equipes da Secretaria de Meio Ambiente irão recolher o entulho descartado pela população.
Morador tem papel fundamental
Além do trabalho preventivo realizado pela Prefeitura e da coleta regular de lixo orgânico, reciclável e tóxico, a população também é uma peça importante no combate à dengue.
Dedicar alguns minutos do dia para vistoriar o quintal, ralos e calhas da residência faz toda a diferença. Isso porque, de acordo com levantamento da Secretaria Municipal de Saúde, pelo menos 65% dos focos do mosquito da dengue são encontrados nas residências.
Para fechar ainda mais o cerco contra o mosquito da dengue, a Prefeitura de Curitiba também realiza o monitoramento da presença do mosquito transmissor com armadilhas e drones, bloqueios de transmissão de casos, varreduras casa a casa e ações educativas.
Tecnologia contra a dengue
A última novidade tecnológica no combate à dengue foi apresentada no 6° Smart City Expo Curitiba, ocorrido em março, e usa o próprio mosquito como disseminador de um larvicida que reduz a fecundação de ovos. Curitiba foi a primeira cidade do Sul do País a usar a nova arma, denominada de Estações Disseminadoras de Larvicida (EDL).
Nesta primeira fase de projeto, estão sendo instaladas 1.500 unidades da EDL no bairro Cajuru – que faz parte do distrito sanitário do Cajuru, local com alto risco para a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. As primeiras foram instaladas logo após o lançamento.
2 mil armadilhas
Outro recurso utilizado são as 2 mil armadilhas (638 ovitrampas e 1.329 mosquitraps) para o monitoramento da presença do Aedes, espalhadas por toda a cidade, que são vistoriadas semanalmente. Estes mecanismos capturam a fêmea do Aedes possibilitando a localização da presença do mosquito e a identificação da contaminação dos mesmos com os vírus das arboviroses (doenças transmitidas por mosquitos). As 1,5 mil EDLs agora se somam a essa estratégia de armadilhas no município.
Drones
Voos de drones são realizados para inspecionar terrenos de difícil acesso, empresas de grande extensão, área externa de imóveis fechados, entre outras situações. A foto do drone pode servir de prova no processo de apuração da responsabilidade do cidadão, que poderá ser autuado e multado e, caso não atenda a notificação para limpeza do terreno, o município poderá realizar a limpeza e depois cobrar os custos do cidadão por meio de inscrição em dívida ativa.
Robô notificador
Para dar agilidade às equipes de saúde no processo de notificação de casos de dengue, a SMS passou a utilizar o apoio de robô notificador, que coleta as notificações realizadas no sistema e-saúde e faz a digitação dos dados no sistema oficial do Ministério da Saúde.