O mutirão contra a dengue chegou nesta quinta-feira (8/2) à Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Agentes de endemias e comunitários percorrem 36 quarteirões próximos à Unidade de Saúde Vila Verde. Eles vistoriam imóveis e orientam moradores sobre recolhimento de resíduos.
A fase de orientação termina nesta sexta-feira (9/2). Na semana que vem, quinta (15/2) e sexta (16/2), caminhões de coleta da Secretaria Municipal do Meio Ambiente vão recolher os entulhos, que devem ser separados pelos moradores e colocados nas áreas delimitadas pelos agentes de endemias.
A ação conjunta das secretarias municipais da Saúde e do Meio Ambiente busca evitar criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor das doenças dengue, zika e chikungunya.
Nos mutirões, eles fazem uma varredura nos terrenos em busca de recipientes que possam acumular água e orientam a população a separar entulhos e lixo dos imóveis.
“A nossa estratégia é intensificar os mutirões em toda a cidade, principalmente nas regiões onde foram registrados casos autóctones de dengue”, reforça a secretária Municipal da Saúde, Beatriz Battistella.
Segundo a secretária, é preciso engajar toda a população na prevenção da doença, eliminando a água parada em casa, quintais, terrenos e locais de trabalho para afastar o risco de focos da dengue.
Mutirões
No primeiro mutirão de 2024, realizado nos dias 29 e 30 de janeiro, foram retiradas 33 toneladas de resíduos na comunidade Rio Bonito, no bairro Campo do Santana, em 22 viagens dos caminhões do Meio Ambiente.
Em seguida, no dia 3 de fevereiro, uma força-tarefa reuniu 60 profissionais e voluntários para percorrer 52 quadras em torno da Unidade de Saúde Monteiro Lobato, no Distrito Sanitário Tatuquara, na orientação aos moradores.
Os caminhões do Meio Ambiente retornaram ao Tatuquara nesta quinta-feira (8/2) e estarão lá amanhã (9/2) para retirar os entulhos descartados pelos moradores.
O segundo mutirão Curitiba sem Mosquito percorreu o bairro São Braz, no DS Santa Felicidade, nesta segunda (5/2) e terça-feira (6/2).
O feriado do carnaval terá recolhimento de resíduos pelo mutirão Curitiba sem Mosquito na Vila Esperança, no bairro Atuba, Distrito Sanitário Boa Vista.
Nesta semana, os agentes de endemias da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba percorrem as casas da região para orientar os moradores sobre a dengue, as formas de transmissão da doença e a necessidade de eliminar qualquer recipiente inservível que pode acumular água e se tornar criadouro do Aedes aegypti.
Na segunda (12/2) e na terça-feira de carnaval (13/2), os caminhões da Secretaria do Meio Ambiente recolhem os resíduos retirados pelos moradores.
“Seguimos atentos à confirmação de casos importados e autóctones de dengue. As ações de bloqueio, assim como os mutirões, são concentradas nas regiões onde há registro da doença”, afirma a coordenadora municipal do Programa de Controle do Aedes da SMS, Tatiana Faraco.
Segundo ela, toda a cidade recebe as ações de controle da dengue, durante o ano todo. São visitas dos agentes de endemias, uso de drones para vistorias em regiões e imóveis de difícil acesso, uso de armadilhas para controle da infestação do mosquito, entre outras.
Casos
O boletim epidemiológico da dengue da SMS, registrou, entre 1º e 31 de janeiro, 185 casos importados de dengue em Curitiba e 23 casos autóctones, em que a contaminação aconteceu na cidade.
A região com maior número de casos autóctones é o DS Tatuquara, com 14 confirmações. No DS CIC, são três casos autóctones; outros três no DS Cajuru; um caso no DS Boa Vista; um caso no DS Bairro Novo; e também um registro autóctone no DS Santa Felicidade.
Orientações
Para o recolhimento do Mutirão Curitiba sem Mosquito, os moradores devem colocar os entulhos para fora do imóvel até a data da passagem dos caminhões. Resíduos de porte menor devem ser embalados ou ensacados antes do descarte.
O mutirão vai coletar objetos inservíveis (móveis, eletrodomésticos e entulhos), materiais recicláveis (garrafas, plásticos, ferros e metais recipientes), pneus, e resíduos orgânicos e restos vegetais embalados.
Materiais com peso ou volume elevado (como resíduos de construção civil), resíduos orgânicos e restos vegetais não embalados, resíduos tóxicos e perigosos (lâmpadas, medicamentos, pilhas e tintas) e veículos de transporte não serão recolhidos pela Prefeitura de Curitiba.
Os mutirões são estratégias pontuais e de intervenção diante do acúmulo de materiais nas casas e quintais. Mas Curitiba mantém coleta regular de resíduos orgânicos, recicláveis e especiais, dando ao cidadão diversas formas de eliminar entulhos e materiais inservíveis, que, além de se tornar criadouros do mosquito Aedes aegypti, podem também se tornar o ambiente ideal para roedores, insetos, aranhas e outros vetores de doenças.
“Cada cidadão deve fazer sua parte e manter casas e quintais limpos”, pondera a secretária Beatriz Battistella.
Em 2023, os Mutirões Curitiba sem Mosquito, coordenados pela Saúde e Meio Ambiente, recolheram 348 toneladas de materiais inservíveis e entulhos nos dez Distritos Sanitários. Foram realizados 14 mutirões durante o ano, sendo que nas regionais Cajuru e Boa Vista foram realizados mais de um mutirão no ano.
Desde 2017, Curitiba recolheu 4.781 toneladas de resíduos por meio dos mutirões Curitiba sem Mosquito.