Os negros também estiveram entre as vítimas do Holocausto que, na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), vitimou minorias como judeus, pessoas com deficiência, LGBTQIA+ e ciganos. Parte dessa história pode ser conhecida na exposição de paineis e fotografias “Nossa luta: a perseguição aos negros durante o Holocausto”, aberta nesta quarta-feira (6/11), na Rua da Cidadania do Portão/Fazendinha.
A exposição tem entrada franca e poderá ser vista no local até 20 de novembro – Dia da Consciência Negra. Depois, será montada no Centro da Juventude (Cejuv) Eucaliptos, na Regional Boqueirão. Ela faz parte da programação da Caravana Étnico-cultural Ubuntu/Mês da Consciência Negra, coordenada pela Assessoria de Promoção da Igualdade Racial da Prefeitura.
Pessoas além das estatísticas
A mostra reúne 21 painéis com informações e ilustrados com fotografias de 15 personagens dessa tragédia humanitária – um dos momentos mais impactantes da mostra. Todas elas foram vítimas de racismo e a maioria, levadas a prisões ou campos de concentração daquele período. Motivo: a cor da pele ou o fato de serem casadas com pessoas brancas.
Foi o caso da trompetista norte-americana Valaida Snow. Amiga de Louis Armstrong, que a considerava uma musicista brilhante, ela foi presa na Europa e não superou os transtornos emocionais decorrentes do episódio. Livre, morreu com apenas 52 anos.
Compartilhando a história
“São histórias de alguns resistentes. Isso é importante porque a ideia da exposição é falar sobre as vítimas além dos números”, resume a coordenadora de Acessibilidade do Museu do Holocausto, a psicóloga Eduarda Batistela. O museu é o responsável pela mostra.
Para a responsável pela Assessoria de Promoção da Igualdade Racial da Prefeitura, Marli Teixeira Leite, que prestigiou a abertura da exposição, compartilhar conhecimento é o ponto forte da iniciativa. “Pessoas informadas podem viver harmonicamente. Existe um ditado africano segundo o qual é preciso toda uma aldeia para educar uma criança. Pois já para combater o racismo, que é o que se quer aqui, é preciso da adesão de toda a sociedade”, argumentou.
Também estiveram na abertura da mostra o vice-presidente do Conselho Municipal de Política Étnico Racial, Allan Coimbra, e o administrador da Regional Portão/Fazendinha, Gerson Gunha.
Serviço:
Exposição “Nossa luta”
Local: Rua da Cidadania Portão/Fazendinha (Rua Carlos Klemtz, 1.700, salas 16 e 17, térreo)
Visitação: de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Até 20 de novembro
Entrada grátis