Nesta quinta-feira (30/1), uma maquete despertou a curiosidade de quem buscou atendimento na Rua da Cidadania do Fazendinha, na Regional Portão. Crianças e adultos pararam para ver a reprodução de uma cidade em miniatura. O diferencial é que esta cidade da maquete foi tomada pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Tudo porque a população acumulou lixo e não tomou cuidados simples para evitar o acúmulo de água parada.
O administrador da Regional Portão, Rodrigo Reis, destacou que é preciso informar as pessoas sobre a gravidade da doença e deixar claro que a dengue pode levar à morte. Por isso, é necessário intensificar o trabalho educativo junto ao cidadão.
“ Até as crianças cobram dos pais a questão da limpeza. A maquete mostra o acúmulo do lixo, os insetos e o mosquito Aedes aegypti, que está por toda cidade. É importante aprender desde cedo a importância de manter as casas limpas para acabar com os criadouros do mosquito da dengue”, ressaltou Reis.
A maquete despertou a curiosidade da diarista Lourença da Cruz e dos netos, Isaac, de cinco anos e Maria Júlia, de oito. Ela está há poucos dias na cidade. Saiu do Mato Grosso do Sul para morar em Curitiba, e ficou surpresa com o trabalho de combate à dengue realizado aqui.
“Eu nunca tinha visto nada igual a essa maquete. É uma boa ideia, principalmente para que crianças possam entender melhor o que os adultos estão falando sobre a dengue. Olhando desse jeito, fica mais fácil de explicar para os pequenos como evitar a proliferação do mosquito,” ponderou.
Caroline Pereira Damasceno, de 5 anos fez a mãe, a estudante Lucilene Pereira Damasceno, parar por alguns minutos para observar como é o dia a dia na minicidade, que conta até com hospital e Unidade de Pronto Atendimento (UPA). “Cada um tem que fazer a sua parte, e manter o quintal limpo. Aqui a gente consegue ver como a prevenção é importante. Fica mais fácil de entender, principalmente para as crianças”, avaliou.
A Supervisora de Saúde da Regional Portão, Franciele Dechatnek, entende que toda e qualquer ação é válida. "É a criança que vê a maquerte e fala para o pai que não pode deixar o pratinho com água, que tem que colocar areia. Enfim, temos que contar com a ajuda de toda a população, é um trabalho em conjunto, pois sem o apoio do cidadão a gente não consegue ganhar essa guerra”, afirmou.
Toda ajuda é importante
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) aposta no modelo de reprodução da minicidade para desenvolver ações educativas e de prevenção da dengue em escolas, centros comunitários e outros espaços públicos, com as Ruas da Cidadania.
A agente de combate às endemias, Nilda Rosa, destaca que a maquete é uma atividade lúdica, que ajuda a conscientizar gente de todas as idades “ Esta cidade em miniatura mostra que o descarte de lixo não está sendo feito de maneira correta, as caixas d’água estão abertas, sem nenhuma proteção, tem piscina sem tratamento adequado, pneus jogados em local inapropriado, com água parada. Essas ações erradas contribuem com a proliferação dos insetos e do mosquito da dengue na cidade. O cidadão pode nos ajudar e contribuir para evitar essas atitudes e ações, e assim ajudar a combater a dengue", finaliza.