Curitiba celebrou mais um Dia Mundial do Crochê, nesta terça-feira (12/9), com um grande encontro que reuniu cerca de 500 entusiastas na Praça Oswaldo Cruz, no Centro. Esta é a 5ª edição do evento organizado pela ONG Lucianas e Marias em parceria com a Prefeitura de Curitiba e que promete entrar para o calendário do município.
O prefeito de Curitiba, Rafael Greca, esteve no evento e destacou a importância do crochê para a economia criativa da cidade.
"Cada vez mais Curitiba coloca a mão na agulha e no fio para tecer seu futuro, e esse futuro tem a força da economia criativa, das Lucianas e Marias e das artesãs e dos artesãos", afirmou Greca.
A celebração teve patrocínio da EuroRoma, fabricante de fios e barbantes, e atraiu crocheteiras de todas as idades, incluindo profissionais e aprendizes, grupos ligados a instituições sociais e de voluntárias e aquelas que praticam individualmente a arte do crochê. A diversidade de participantes reflete a crescente paixão pela técnica em toda a cidade.
O encontro, que nasceu de um evento em uma praça do bairro Tatuquara, foi crescendo e ganhou o Centro da cidade, com apoio da Fundação Cultural de Curitiba (FCC), Fundação de Ação Social (FAS), Secretaria Municipal do Esporte, Lazer e Juventude (Smelj) e de administrações regionais. “Começou pequeno, foi crescendo e Deus queira que entre mesmo no calendário oficial de eventos”, comemorou Luciana.
Entre as participantes do evento, estava o grupo de voluntárias curitibanas As Fiandeiras. Formado por 80 mulheres, o grupo produz há uma década delicadas roupinhas e mantas de crochê e tricô para bebês e idosos. Todo ano elas distribuem cerca de cinco mil peças em casas-lares e maternidades. “É um trabalho que aquece o coração de quem faz e de quem recebe”, declarou a coordenadora Clotilde Andraus.
O Dia Mundial do Crochê também testemunhou histórias inspiradoras, como a de Mirian Jesus dos Santos, uma ex-balconista que, há quatro anos, encontrou no crochê sua verdadeira paixão. A guinada de vida começou com a produção de uma boneca de crochê para a filha, mas rapidamente evoluiu para uma mudança de carreira. Hoje, Mirian complementa a renda da família com a produção de peças de amigurumi, uma técnica de crochê com pontos baixos.
"O crochê foi uma descoberta na minha vida. Hoje ele é minha profissão e minha renda e posso garantir que sou muito mais feliz", compartilhou Mirian, acompanhada da filha Emilly e da sogra Marina Kobren da Silva.
A presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Ana Cristina de Castro, e a adminstratora da Regional Matriz, Rafaela Lupion, também compareceram ao evento.