A Prefeitura investe na construção e manutenção das estruturas necessárias para minimizar o impacto das chuvas na cidade, que é cortada por vários rios e córregos. São obras de macrodrenagem e microdrenagem e serviços que aumentam a capacidade de rios e córregos contra transbordamentos e ajudam a rede a suportar grandes precipitações.
Em 2022, o Departamento de Pontes e Drenagem da Secretaria Municipal de Obras Públicas, a partir do programa Curitiba Contra Cheias, coordenou oito grandes intervenções, dais quais duas foram concluídas, na região central e na CIC.
Ao longo do ano, também foram feitos 2.139 serviços, como limpeza e desassoreamento de rios e córregos, substituição de tubulações de galerias de águas pluviais; limpeza de galerias e construção de muro de arrimo para contenção de taludes nas margens de rios e córregos.
“É parte do nosso esforço para tornar Curitiba uma cidade cada vez mais resiliente. São intervenções que minimizam o impacto das fortes chuvas e aumentam a capacidade de extravasamento de rios e córregos. Com isso, mesmo quando ocorrem as grandes chuvas que provocam pontos de alagamento, as obras fazem com que a situação se normalize mais rapidamente, com o escoamento da água em pouco tempo”, diz o prefeito Rafael Greca.
Pontes e passarelas
Para tornar mais seguro e ágil o trajeto de pessoas que precisam cruzar rios, córregos e ruas para chegar em seus destinos foram executadas 124 intervenções (implantações e manutenção) em pontes e passarelas da cidade.
São exemplos a ponte sobre o Ribeirão dos Müller, na Rua Theodoro Locker, CIC; a ponte de madeira na Rua Esperandio Domingos Foggiatto, no bairro Prado Velho; e a ponte de concreto na Rua Baltazar Carrascos dos Reis, no Rebouças.
“Estamos atuando em vários pontos da cidade a partir de uma programação de intervenções com obras de micro e macrodrenagem, mas também a partir da demanda das pessoas, com ações que melhoram o dia a dia do cidadão”, afirma o secretário municipal de Obras Públicas, Rodrigo Araújo Rodrigues.
Rio Juvevê
Em maio, foi concluída importante obra de macrodrenagem para a cidade, com a implantação de uma galeria reservatória sob a Rua João Américo de Oliveira, no Cabral, para reservar a água das chuvas fortes e evitar o extravasamento do Rio Juvevê. Após a conclusão das obras de macrodrenagem, as ruas João Américo de Oliveira e Egon Reinaldo Heidinger, no entorno da intervenção, foram requalificadas e receberam pavimentação.
A galeria reservatória completou o conjunto de obras para o controle de cheias do Rio Juvevê, afluente do Rio Belém. No ano anterior, haviam sido implantadas galerias reservatórias sob a Rua do Herval e na Rua Camões.
Juntas, as três galerias têm capacidade de reserva de 9 milhões de litros de água, tornando os bairros Alto da XV, Cristo Rei, Hugo Lange e Cabral mais resistentes aos danos causados por chuvas fortes.
Morador há mais de quatro décadas da Rua João Américo de Oliveira Sobrinho, no Cabral, o engenheiro Afonso Celso Beraldi comemora as intervenções.
"São obras importantes, pois ajudam a dar fim a problemas históricos de alagamento. Com a drenagem isso deve ter ficado no passado e o novo asfalto valoriza os imóveis e melhora a nossa qualidade de vida", disse Beraldi.
Ribeirão dos Müller
Na CIC, o Ribeirão dos Müller está recebendo a implantação de bacia de contenção para mitigar a ação dos temporais, com alargamento e reperfilamento do canal, além da construção de diques de contenção e de estruturas de controle e recuperação da mata ciliar para proteger as famílias ribeirinhas.
Também no bairro CIC, na Vila Rose, foram iniciados em novembro serviços para manutenção na bacia de acumulação de águas pluviais que fica entre as ruas Ilha Bela e Haroldo Maravalhas.
Rio Pinheirinho
Continua em andamento a obra de controle de cheias do Rio Pinheirinho, afluente do Rio Belém, que é subdividida em três grandes lotes: Rio Vila Guaíra e Córrego do Curtume (Guaíra e Parolin), Córrego Henry Ford (Lindóia, Guaíra e Fanny), Córrego Santa Bernadete e Rio Pinheirinho (Fanny e Parolin).
Quando as três etapas estiverem concluídas a expectativa é reduzir o impacto das cheias na foz do Rio Pinheirinho, no encontro com o Rio Belém.
Rio Mossunguê
No Campo Comprido, entre as ruas Eduardo Sprada e Maria Bizinelli, no Rio Mossunguê, está sendo construída uma bacia de detenção, com implantação de passarelas, muro, ponte, parque, paisagismo e recuperação de mata ciliar.
Limpeza dos rios
Ainda na área de macrodrenagem, outro destaque do ano, é o amplo serviço para limpeza e desassoreamento dos rios da cidade, entre eles o Rio Belém, onde as equipes fazem a retirada de bancos de areia que causam afunilamento da calha e dificultam o fluxo de escoamento da água.
Iniciados em setembro, os serviços estão avançando em direção ao Rio Iguaçu, faltando cerca de 300 metros para chegarem ao final do Rio Belém.
Ao longo do ano foram realizados 84.731 metros de limpeza e desassoreamento de rios, córregos e canais que precisam estar limpos, desassoreados e desobstruídos para que o impacto dos temporais seja minimizado.
Galerias pluviais
Às galerias de águas pluviais foram dedicados serviços de implantação, substituição e manutenção das estruturas. E ainda foram implantados e substituídas 4.270 metros de galerias.
Foram realizados 7.787 metros de limpeza e desobstrução de galerias realizada a limpeza e desobstrução de 889 unidades de caixas de captação.
Os serviços atendem as demandas de moradores apresentadas no programa de consultas públicas Fala Curitiba.
Terminal Boqueirão
Os transtornos causados pelas chuvas intensas na área do terminal Boqueirão estão com os dias contados. Teve início a obra para implantar, sob o estacionamento do local, uma bacia de contenção de cheias. Com capacidade para 510 m³ de água, o reservatório deverá entrar em operação em abril. A intervenção servirá para aumentar a capacidade de drenagem do local. A estrutura vai permitir que volumes elevados de água, ocasionados por chuvas fortes, sejam escoados com mais agilidade e diminuam as possibilidades de danos.