Qual a importância das relações diplomáticas para uma capital como Curitiba?
Estudantes da rede municipal de ensino foram apresentados ao tema nesta quarta-feira (30/11), numa ação que faz parte do programa Linhas do Conhecimento, da Secretaria Municipal de Educação, realizada em parceria com o setor de Relações Internacionais do município.
O diplomata e chefe da representação do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) no Paraná, Paulo Pinheiro Machado, deu uma aula sobre “Diplomacia em Curitiba: Cidade de Paz e Oportunidade”, na sede da Prefeitura.
“Eu já tinha ouvido falar (de relações internacionais) porque minha tia gosta e sempre fala disso”, contou Guilherme Iago, 12 anos, um dos 25 estudantes do 8º ano C, da Escola Municipal Bairro Novo, que participaram do encontro. “Agora consegui entender um pouco melhor do que se trata.”
De maneira didática, Pinheiro Machado explicou vários pontos de sua área de atuação e como ela se conecta e pode contribuir com o desenvolvimento dos municípios.
A uma plateia acostumada, como de resto toda a população da cidade, a ver os biarticulados nas ruas todos os dias, o diplomata explicou que o transporte coletivo é um dos responsáveis por Curitiba ser conhecida em todo o mundo, assim como a coleta seletiva de lixo, que voltou aos holofotes com o retorno da Família Folhas.
"O que parece óbvio para a gente, não é para outros", disse, destacando que muitas cidades procuram Curitiba para conhecer seu sistema de transporte.
Além disso, ele fez o paralelo entre o Vale do Pinhão e o Vale do Silício. O primeiro é o programa que está sendo desenvolvido na capital inspirado na região norte-americana famosa por sediar várias das principais empresas de tecnologia do mundo.
“Tudo acontece nas cidades”, resumiu.
Por isso, é importante que elas tenham boa infraestrutura e provenham qualidade de vida para a população. “A importância de ter uma cidade organizada é que isso permite que ela participe do mundo”, disse.
A diplomacia entra nesse jogo estabelecendo as pontes necessárias para implementar parcerias, trazer investimentos, entre outros relacionamentos importantes para o desenvolvimento, como ajudar a viabilizar financiamentos internacionais, por exemplo.
“Um dos papeis dos diplomatas é fazer os contatos com pessoas e governos que interessam, por meio das embaixadas ou consulados”, explicou.
“Eu gostei”, cravou Kamilly Portela, 13 anos.
“Eu também já tinha ouvido falar dessas coisas, mas não entendia direito. Agora entendi um pouco melhor como funciona.”
Dois dos estudantes que mais participaram do diálogo com o diplomata, ela e o colega Guilherme têm em comum o gosto pela Matemática e por Geografia – em cuja aula no dia anterior começaram a estudar a América.
Projeto amplo
As atividades desta quarta-feira integram ainda a programação do Dia Internacional das Cidades Educadoras.
Além disso, elas fazem parte do programa Embaixadores do Futuro, proposto pela Assessoria de Relações Internacionais da Prefeitura, e executado por meio do Linhas.
O objetivo é conhecer a atividade consular e abrir novos horizontes aos estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental. Os jovens participam de atividades extracurriculares junto aos consulados, além de palestras, visitas a museus e aos memoriais das nações e etnias que formaram a cidade.