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41ª Oficina de Música de Curitiba

Leminski para sempre: composições do artista de Curitiba na voz de Zélia Duncan emocionam público no Guairão

Zélia Duncan com a dupla Estrela Leminski e Téo Ruiz acompanhados da Orquestra À Base de Sopro, apresentam obras de Paulo Leminski, no Teatro Guaíra. Curitiba, 27/01/2024. Foto: Cido Marques/FCC

A noite desse sábado (27/1) foi um dos pontos altos da 41ª Oficina de Música de Curitiba, com o espetáculo que teve como essência a obra musical de Paulo Leminski, o grande homenageado desta edição. O repertório quase todo de composições do poeta curitibano foi interpretado pela cantora Zélia Duncan e pela dupla Estrela Leminski e Téo Ruiz acompanhados da Orquestra À Base de Sopro. Foi um show especial, carregado de expressividade e poesia, emocionando a imensa plateia que lotou o Guairão.

A Orquestra à Base de Sopro, com a direção musical de Davi Sartori, abriu o espetáculo tocando duas composições instrumentais de Waltel Branco, Anjos e Vampiros e Estrela. Sartori explicou que a conexão entre Waltel e Leminski é familiar. O parentesco é do lado materno e, embora os dois tivessem tido pouco contato, Leminski atribuía à família da mãe a sua vertente musical.

Zélia Duncan entrou no palco declamando um verso do poeta: “Isso de ser exatamente quem a gente é ainda vai nos levar além”. E começou o show cantando Dor elegante, parceria de Leminski com Itamar Assumpção, depois Verdura (gravada por Caetano Veloso), Sinais de Haikais, parceria com Zé Miguel Wisnik, Promessas Demais e Baile do Meu Coração, ambas parcerias com Moraes Moreira. Zélia também cantou músicas do seu próprio repertório, como o sucesso Alma.

“Estou muito feliz de estar aqui nesta ocasião, acompanhada dessa orquestra de excelência, podendo mergulhar no universo de um artista tão amplo para a cultura brasileira, como é Paulo Leminski”, disse Zélia Duncan, enaltecendo a obra do poeta, homenageado pela Oficina de Música. “Temos que ter muito orgulho desse artista, que representa a nossa cultura em vários níveis, de uma forma atemporal e eterna. A gente vai falar de Paulo Leminski para sempre, porque ele fala na nossa alma”, completou Zélia.

O show contou com a participação da cantora e compositora Estrela Leminski, filha do poeta, que ao lado de Téo Ruiz dedica grande parte do seu trabalho para divulgar a obra musical de Paulo Leminski. O poeta não foi apenas letrista, mas também compositor. Exemplos das músicas compostas por Leminski foram interpretadas pela dupla, como A você amigo, Se houver céu e Luzes.

“Estamos muito felizes, e acho que todos os curitibanos também, de ver a Oficina de Música homenageando um artista que a gente ama. Ele queria muito que as pessoas o reconhecessem em todas as suas formas. Ele era um compositor muito criativo, muito dedicado, muito intenso”, descreveu Estrela Leminski.

Expectativas

O casal Ana Paula Muchinski e Rafael Gonçalves, desenvolvedores de sistemas e moradores de São José dos Pinhais, foram ao show motivados pela experiência da 40ª Oficina. “No ano passado, vim pela primeira vez a um show da Oficina de Música. Foi o da Vanessa da Matta com a Orquestra à Base de Corda. Achei que o instrumental não me agradaria tanto, mas foi muito bacana. Superou as minhas expectativas. Este ano, comprei o ingresso já no primeiro dia”, conta Ana Paula.

O mesmo aconteceu com a arquiteta Talita Knopf e o engenheiro civil Edilson Bortolamiote, que também conheceram a Oficina de Música no ano passado, quando assistiram ao show de Lenine.  O fato de ser Zélia Duncan com a Orquestra de Sopro despertou a nossa curiosidade”, disse Talita.

Sábado movimentado

O sábado foi movimentado com outras atrações da 41ª Oficina de Música. O Teatro do Paiol recebeu o rapper indígena Owerá, que já gravou com Criolo e com o DJ Alok. Suas músicas, em português e guarani, são instrumentos de conscientização sobre a cultura dos povos indígenas. Na Capela Santa Maria foram dois recitais, o de música antiga com professores da Oficina e o show Piano Burlesco, com Jeruza Miller.

As atrações começaram cedo. Pela manhã, a Biblioteca Pública do Paraná foi palco para um recital de canto lírico em homenagem aos 100 anos de Puccini. Houve também o show de Thiago Espírito Santo e Silvia Goes no Memorial Paranista e o concerto da Orquestra Gênesis no auditório Mário Schoemberg, da Embap, a Escola de Música e Belas Artes do Paraná.

A 41ª Oficina de Música de Curitiba é realizada pelo Instituto Curitiba de Arte e Cultura, Fundação Cultural de Curitiba e Prefeitura de Curitiba, com patrocínio do grupo Volvo e Sanepar - Companhia de Saneamento do Paraná. Também apoiam o evento: Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Centro Cultural Teatro Guaíra, Escola de Música e Belas Artes do Paraná – Campus Curitiba I da Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR), Universidade Federal do Paraná – Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PROEC), Família Farinha, Hard Rock Cafe Curitiba, LAMUSA – Laboratório de Música Antiga, Rádio Educativa 91.7 FM, TV Paraná Turismo, Teatro Regina Casillo e Bicicletaria Cultural. A programação completa com mais informações pode ser conferia no Guia Curitiba.