A terça-feira (3/12) foi um dia de reflexão sobre o envelhecimento saudável para pessoas idosas atendidas pela Fundação de Ação Social (FAS), servidores da instituição e conselheiros do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa (CMDPI) que participaram do IV Seminário Viva a Vida 60+.
O evento, promovido pela FAS, tratou da importância do desenvolvimento de ações que ampliam as possibilidades de convívio entre as pessoas idosas atendidas pelos 39 Centros de Referência de Assistência Social (Cras). “Nosso objetivo é incentivar a participação social, as trocas de experiências e o protagonismo das pessoas idosas”, explica a psicóloga Rosecler Quirino da Cunha, da Diretoria de Proteção Social Básica que organizou o evento.
No Salão de Atos do Parque Barigui, idosos, assistentes sociais, educadores sociais, psicólogos, pedagogos, gestores e servidores administrativos da FAS assistiram a duas palestras com a psicóloga e enfermeira Ana Lúcia Fiebrantz Pinto, e a nutricionista especialista em gerontologia, Simone Fiebrantz Pinto, mãe e filha que voluntariamente falaram sobre os mitos do envelhecimento e sobre a importância de uma alimentação saudável para se envelhecer bem.
Mitos do envelhecimento
Ana Lúcia, que é presidente da Fundação de Apoio e Valorização do Idoso, destacou que o envelhecimento é um processo natural, mas que acontece de forma diferente de uma pessoa para outra. “O envelhecimento é cercado de mitos e estereótipos. Normalmente a generalização é negativa e associa o envelhecimento ao declínio e incapacidade”, explica.
Para combater o mito da dependência e da incapacidade, Ana Lúcia diz que é preciso investir em autocuidado, fazer atividade física e se alimentar bem. “Com isso provamos que os idosos não são incapazes, não são frágeis e podem participar ativamente da sociedade”, disse.
Atividades culturais
Antes das palestras o grupo assistiu à apresentação do grupo Maracatu Baque Mulher Curitiba, contratado pela Fundação Cultural de Curitiba (FCC), e participou de atividades propostas pela musicoterapeuta Claudimara Zanchetta, que com violão e música fez a plateia exercitar de forma divertida o corpo, a respiração e a memória.
A apresentação do coral do Cras Bairro Novo e o animador Luiz Augusto Zafalon Loureiro também fizeram do seminário Viva a Vida 60+ um momento de cultura e alegria.
Exemplos de vida
Nilza de Souza, 63 anos, se divertiu no evento. “Gosto deste convívio, das brincadeiras, do bate-papo e das dinâmicas.” Professora aposentada, Nilza frequenta há três anos o Cras Santa Rita, no Tatuquara, onde já participou das atividades do programa FAS para Elas e atualmente integra o grupo do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV). “Se não fosse o Cras eu ficaria sempre sozinha em casa”, contou a mulher que mora longe dos três filhos.
Aos 71 anos, Maria José Vieira da Silva também gostou do seminário e fez elogios ao trabalho que encontra no Cras Vila Sandra, no CIC, onde além do atendimento técnico participa das atividades de horta e ginástica. “Com depressão, eu saí um dia chorando pela rua. Foi quando passei na frente do Cras e resolvi entrar. Fui acolhida com carinho e hoje estou bem e feliz”, contou.
Para se manter saudável, Maria disse que tem uma alimentação equilibrada, faz caminhadas e toma muita água.