O investimento em inovação social ficará como um dos maiores legados da gestão do prefeito Gustavo Fruet para Curitiba. São programas, projetos e obras implantados a partir de 2013 com o propósito de tornar a cidade mais inclusiva e solidária e melhorar a qualidade de vida de quem vive aqui.

“Ao longo dos últimos quatro anos trabalhamos na busca de soluções mais eficazes, sustentáveis e justas para os problemas sociais”, afirma Fruet. “Muitas vezes é uma coisa simples, como um parquinho que permite que crianças com e sem deficiência brinquem juntas. Mas para centenas de famílias isso é um passo importante para a inclusão. Foi esse olhar que procuramos imprimir em todas as áreas da gestão”.

Muitas dessas inovações são coisas que, ao contrário de uma trincheira ou de uma ponte, não se vê num passeio de carro, mas que em algum ponto da cidade estão influindo positivamente na vida de alguém. É o caso, por exemplo, do Equidade na Educação, um programa que prevê atenção diferenciada para 48 escolas municipais em que vários fatores dificultam o aprendizado dos alunos. Silenciosamente, o programa reduziu as taxas de abandono escolar e de reprovação e contribuiu para que Curitiba elevasse de 5,9 (em 2013) para 6,3 seu Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – o maior entre as capitais brasileiras.

Ainda na educação, uma ação simples e de baixo custo, porém transformadora para dezenas de mães que desejavam estudar mas não tinham com quem deixar os filhos: a criação de salas de acolhimento para crianças nos Centros Regionais de Educação de Jovens e Adultos.

A gestão do trânsito também passou a ser orientada por uma visão mais humanizada. Foi assim que nasceram as Vias Calmas e a Área Calma – regiões da cidade onde a velocidade máxima não passa de 40 quilômetros por hora, favorecendo o compartilhamento de espaços entre pedestres, ciclistas e motoristas.

Os dados mostram que foi uma decisão acertada. Uma pesquisa recente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) mostra que o número de ciclistas que trafegam pela Avenida Sete de Setembro aumentou 132,19% depois da implantação da Via Calma. Na Área Calma, o número de acidentes caiu 32% - outro número que comprova a eficácia das medidas.

Em toda a cidade, a redução no número de mortes no trânsito nos últimos anos é de 40%. Medidas como a instalação de semáforos inteligentes em cruzamentos perigosos contribuíram para isso. Usado seus cartões transporte, pessoas com mobilidade reduzida podem acionar dispositivos instalados nesses semáforos e estender o tempo de travessia, reduzindo o risco de acidentes.

Mulheres e moradores de rua

Na área da assistência social, a atual gestão ampliou e humanizou o atendimento para pessoas em situação de rua. No lugar de unidades lotadas, em que todos ficavam misturados, foram instaladas casas menores, que respeitam a individualidade e garantem melhor atendimento.

Entre elas estão a Casa do Vovô – instituição de longa permanência para idosos - ; a Casa de Passagem Indígena; a Casa de Passagem para mulheres e pessoas que se identificam com o gênero feminino (lésbicas, bissexuais, travestis, transsexuais e transgêneros);  e o primeiro Condomínio Social do país, uma casa onde pessoas em situação de rua são estimuladas a retomar a autonomia.

Outro avanço importante na área social foi a implantação de uma política efetiva de proteção a mulheres vítimas de violência – a começar pela criação da Secretaria Municipal da Mulher. A Patrulha Maria da Penha, criada em 2014, já fez mais de 7 mil atendimentos e, entre as mulheres acompanhadas, não houve novos casos de violência. Neste ano, foi instalada a Casa da Mulher Brasileira, que dá atendimento integral a mulheres vítimas de violência – desde a denúncia até o apoio para a busca da autonomia financeira. Sem contar iniciativas como o Busão sem Abuso, que une Secretaria da Mulher, Urbs e Guarda Municipal no combate a abusos contra mulheres em ônibus do transporte coletivo.

Inclusão e respeito

O conceito de inclusão também foi levado muito a sério durante o mandato de Gustavo Fruet – não apenas no que diz respeito às pessoas com deficiência, mas a diferentes segmentos da população sujeitos à exclusão e ao preconceito.

O projeto Ônibus Acesso passou a garantir transporte em nove microônibus para levar pessoas com deficiência de casa para consultas e exames. Mais de 1,2 mil pessoas estão cadastradas e 40 mil atendimentos foram feitos desde 2013.

Parques da cidade passaram a contar com parquinhos adaptados, que permitem a convivência entre crianças com e sem deficiência.

Nos Portais do Futuro, o programa Inclusive no Portal assegura vagas para pessoas com deficiência em todas as atividades ofertadas. As ambulâncias do Consultório na Rua levam médicos, psicólogos, assistentes sociais e dentistas ao encontro de pessoas em situação de rua.

A Prefeitura também abriu as portas para os imigrantes e refugiados que vivem em Curitiba, ampliando e adaptando serviços públicos. O cadastro nos Armazéns da Família foi facilitado, as equipes da Saúde e do Trabalho e Emprego se prepararam para atender melhor os estrangeiros e a Assessoria de Direitos Humanos – criada na gestão de Gustavo Fruet – oferece apoio a quem precisa.

Na área da educação, foi criado o Projeto Haiti, que já certificou mais de 500 haitianos em cursos de Língua Portuguesa. Além disso, a Secretaria da Educação passou a fazer um trabalho especial de assessoramento para estudantes e profissionais envolvidos com a escolarização das 755 crianças a adolescentes estrangeiros matriculados na rede municipal de ensino.

Protagonismo para os cidadãos

Entre os programas criados na atual gestão, um dos mais inovadores é o Portal do Futuro. Com unidades instaladas em sete regionais, o programa leva esporte, lazer, cultura e qualificação profissional para as comunidades mais carentes dos bairros. Mas ele é mais do que isso.  Nos Portais, jovens das comunidades participam de comitês que tomam decisões sobre a gestão e a programação.

Outros exemplos de parceria com a comunidade são a Praça de Bolso do Ciclista, implantada na região central da cidade, e o Parque Gomm, que surgiu de uma reivindicação da comunidade e está em processo de implantação. A Prefeitura também criou Ruas de Lazer nos bairros, que fecham trechos de ruas nos fins de semana para a promoção de atividades para a população, também em parceria com entidades comunitárias.