Os sambas-enredos da escola de samba Imperatriz da Liberdade encerraram, no sábado (19/11), a Caravana Étnico-Cultural do Tatuquara e as atividades do projeto implementado este ano pela Prefeitura.
A escola tem um histórico de sambas que remetem às religiões de matriz africana e à cultura negra.
A capoeira, arte afro-brasileira que é fortemente identificada com o movimento negro, também teve destaque. Foram duas apresentações, do Grupo Arte e Raça (que tem 25 anos dedicados a essa arte) e da Associação Berimbau Rosa.
Como parte da Caravana, mas realizada no dia 18/11 no Memorial de Curitiba, uma oficina abordou outra tema importante da cultura negra, as bonecas Abayomi. Confeccionadas com tecidos e retalhos, consta que originalmente eram feitas pelas mães escravizadas como forma de amenizar o sofrimento dos filhos. Se transformaram em símbolos de resistência.
As caravanas de Santa Felicidade, realizada no começo do mês, e do Tatuquara fizeram parte das celebrações do Dia da Consciência Negra (21/11).
“É necessário trazer cada vez mais temas da cultura negra, indígena e cigana para as pessoas”, defende Marli Teixeira Leite, titular da Assessoria de Promoção da Igualdade Étnico-Racial. “É a melhor forma de combater preconceitos e discriminações.”
Ano cheio
Além do Tatuquara, as regionais CIC, Cajuru, Bairro Novo e Santa Felicidade tiveram este ano suas edições do evento, que abre espaço para artistas e empreendedores negros, indígenas e ciganos, com apresentações artísticas, oficinas e feira de artesanato.
O objetivo é reforçar as ações afirmativas do município, ampliando a representatividade das etnias na cidade.
Como parte do Plano de Governo, os eventos voltarão a ser realizados em maio do ano que vem, com programação no Boqueirão, Boa Vista e Matriz. Todas as dez regionais da capital receberão sua Caravana.
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