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Guarda Municipal completa 35 anos de trabalho pelos curitibanos

Guarda Municipal completa 35 anos. Foto: Ricardo Deverson/Guarda Municipal

 

Eles já ajudaram muitas crianças a nascer e a voltar a respirar. Tranquilizaram cidadãos em momentos de nervosismo em fortes temporais. Atenderam a acidentes de trânsito. Encontraram ovos de uma espécie de cágado em extinção e resgataram animais. Acompanham atividades das crianças nos faróis do saber e no apoio a servidores das mais diversas áreas da Prefeitura. Nos momentos de folga, desenvolvem de forma voluntária conceitos de cidadania e respeito com estudantes das escolas municipais.

Os homens e as mulheres que compõem o rosto fardado do município se tornaram essenciais no dia a dia do curitibano, garantindo segurança em ruas, parques, praças, terminais de ônibus e eixos estratégicos, atuando na repressão às diversas modalidades criminosas 24 horas por dia, em todos os dias do ano. Neste mês de julho eles estão de parabéns: a Guarda Municipal completa 35 anos de existência e quer homenagear os 1.552 servidores que fazem parte da corporação. 

Mês recheado de programação

Ações sociais e valorização do servidor são os dois principais aspectos a serem evidenciados neste mês de 35 anos da GM. O início oficial das comemorações - adaptadas para este momento de enfrentamento à covid-19 - será marcado nesta terça-feira (6/7) pela entrega de quatro aparelhos celular para os núcleos do Bairro Novo, Cajuru, Santa Felicidade e Tatuquara, na sede da corporação.

Os smarthphones servirão para que as equipes operacionais possam registrar, com fotos, áudios e vídeos, o atendimento à vítima de violência que têm medida protetiva e botão do pânico concedidos pelo Poder Judiciário. Os demais núcleos da GM já contam com os aparelhos, com exceção da Matriz, onde o número de atendimentos é menor.

Até então, os quatro núcleos contemplados agora faziam os atendimentos normalmente, com deslocamento da viatura mais próxima para chegar ao local da emergência de forma mais célere. E, na sequência, um núcleo próximo prestava apoio para gravação das imagens.

Evolução

O ano era 1986. O mundo ainda tentava entender o que tinha acontecido em Chernobil, naquele que se tornaria um dos acidentes nucleares mais trágicos da história. No Brasil, o Plano Cruzado do presidente José Sarney estipulava o congelamento de preços e salários. No fim de junho, a seleção argentina tinha acabado de vencer sua segunda Copa do Mundo no México. E, nas semanas seguintes, a capital paranaense criava um grupo específico com o objetivo inicial de reprimir depredações: era o Serviço Municipal de Vigilância (Vigiserv), o primeiro nome da Guarda Municipal de Curitiba.

Aquela primeira lei municipal previa que os servidores trabalhariam em parques, jardins, escolas, teatros, museus, bibliotecas, cemitérios, mercados, feiras livres, ciclovias e terminais de ônibus. Além de proteger o patrimônio, a orientação de público e de trânsito, bem como apoio em ações de Defesa Civil, já eram evidenciadas, assim como a atuação em sintonia com os organismos policiais do Estado, dentro de suas atribuições específicas.

Dois anos depois era formada a primeira turma com 110 guardas municipais, dando início efetivo aos trabalhos.

No ano de 1993 foi instalada a Secretaria da Segurança Municipal, de natureza extraordinária, com o propósito de estabelecer diretrizes, estudos e projetos, objetivando a estruturação do setor responsável pela proteção dos bens e instalações municipais. 

Uma década depois, a estrutura administrativa era então transformada em Secretaria Municipal da Defesa Social, tendo sido unida à área do trânsito em 2019, quando então passou a ser chamada de Secretaria Municipal de Defesa Social e Trânsito.