Criado em 1993 para dar suporte à atuação da Guarda Municipal de Curitiba, o Grupo Especial de Apoio (GEA) foi a primeira equipe de elite da corporação. Desde então, outros grupos foram formados para atender a complexidade da atuação da GM, como o Grupo de Operações Especiais (GOE), Grupo de Operações com Cães (GOC) e o Grupo Tático Motorizado (GTM).
O objetivo do grupo é estabelecer os procedimentos operacionais e as missões que serão assumidas por cada componente, por meio de critérios técnicos e táticos. “A mudança do perfil dos criminosos e o aumento da criminalidade exigiram uma formação e atuação especializadas da Guarda Municipal”, explica o inspetor Antônio Moreira, responsável pelo GOE, que também coordena das atividades do GOC e do GTM.
Cães e Motos integram o Grupo de Operações Especiais e trabalham para atender às diversas operações da Guarda Municipal e em ações integradas com os demais órgãos de segurança pública municipal, estadual e federal. O GOE dispõe de 70 integrantes com capacitação para realizar trabalhos especializados, desde patrulhamentos, confrontos e abordagens até salvamentos, resgates, enfrentamentos e dispersão de multidões e tumultos. As ações são realizadas conforme verificação de indicadores de violência, criminalidade e vulnerabilidade, apontados por diferentes organismos de segurança pública, mas também de acordo com solicitação da população, por meio dos registros nas centrais 156, da Prefeitura de Curitiba; o 153, da Guarda Municipal; e o 190, da Polícia Militar.
Requisitos
Para fazer parte da equipe, o servidor público deve ter, no mínimo, três anos de experiência no efetivo da Guarda Municipal e fazer o curso preparatório. O inspetor Moreira destaca que a capacitação do guarda do GOE tem uma carga horária bem extensa; são 180 horas de curso. As fases eliminatórias envolvem provas de condicionamento físico, tiro, (com distintos armamentos), defesa pessoal, legislação, treinamento e capacitação técnica. Os guardas que fazem parte do GOE têm que ter comprometimento profundo e treinamento técnico intenso e permanente.
Rosane Nascimento, de 34 anos, é um dos 38 integrantes do GOE. Entrou para a corporação da Guarda Municipal de Curitiba há 7 anos, e sempre buscou especializar-se com o objetivo de entrar para o grupo de elite. “Eu via as viaturas do GOE e pensava que um dia trabalharia com eles e batalhei para isso”, lembrou. Mãe de Douglas, de 12 anos, Rosane conta que os guardas que fazem parte do GOE treinam muito para correr o mínimo risco possível. “Damos a vida pelo colega. Levo os princípios que aprendo no GOE para minha vida particular. Meu filho tem orgulho da minha profissão e respeita meus conselhos, até quando sou mais exigente e linha dura”.
Há 22 anos na corporação, Fernando Lima avalia a capacitação e o aperfeiçoamento do GM são princípios determinantes para a excelência do trabalho. Ele esteve por três anos no efetivo normal da GM, fez o curso no Grupo de Choque da PE e há seis anos faz parte do Grupo de Operações Especiais da GM de Curitiba. Para Lima, o risco da profissão é relativo. “Depende muito do quanto o servidor se expõe ao perigo e do quanto ele deve estar tecnicamente capacitado e preparado para assegurar e preservar a segurança do grupo”, diz.
Jefferson Cruz integra a Guarda Municipal há 23 anos e define o trabalho no GOE como “uma grande oportunidade de atuar nos bairros de Curitiba auxiliando os colegas de farda, dando apoio necessário. Um integrante do GOE precisa priorizar o treinamento diariamente, com um ótimo condicionamento físico, atualizando conhecimentos e se capacitando sempre; pronto para qualquer tipo de atuação”.