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Projeto Inter 2

Grupo multidisciplinar vai calcular índice de caminhabilidade por gênero

Na tarde desta terça-feira (29/10), os representantes da SampaPé apresentaram ao grupo informações dos princípios que fazem parte do índice de Caminhabilidade. Foto: Divulgação/IPPUC

 

Um grupo de 40 pessoas, entre técnicos da Prefeitura, representantes de universidades e do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM) iniciam na tarde desta quarta-feira (29/10) o cálculo do índice de Caminhabilidade sensível a gênero de Curitiba. Orientada pela Organização da Sociedade Civil SampaPé!, a ação faz parte do programa de intervenções do Projeto Inter 2, que terá financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e contrapartida do município.

A SampaPé! é contratada pelo BID para realização da sondagem. Na tarde desta terça-feira (29/10), os representantes da organização apresentaram informações dos princípios que fazem parte do índice de Caminhabilidade.

As orientações sobre a metodologia seguem em reunião na manhã desta quarta, no auditório do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). No início da tarde será feito o trabalho de campo, com a parte prática no eixo da Arthur Bernardes, no entorno da estação Santa Quitéria na ligação ao Terminal Campina do Siqueira, com pesquisa de campo das 14h às 17h.

Na quinta-feira (31/10), das 9h às 12h e das 14h às 17h, a sondagem será na região da Estação Mercês, nas proximidades das Ruas Jacarezinho e Rosa Saporski. Na manhã de sexta-feira (1/11) a pesquisa será na estação Xaxim, da Linha Verde Sul, das 9h às 12h. No período da tarde, das 14h às 16h, no auditório do Ippuc, será feita uma oficina de avaliação das atividades.

Locais escolhidos

Para a seleção dos locais para aplicação do Índice de Caminhabilidade foram consideradas as áreas de intervenção do projeto; o potencial de se avaliar diferentes áreas da cidade; a existência de rotas com bastante fluxo; a presença de pontos de interesse no percurso de pedestres tais como hospitais, escolas (inclusive uma escola de educação especial), centros comerciais; o acesso ao sistema de transporte coletivo por pontos de ônibus, estações-tubo ou pequenos terminais de transporte.

Divisões da avaliação

1 - Calçadas: faixa livre, tipo de material, condições do pavimento e inclinação. Na perspectiva de gênero relacionada aos passeios são destacadas que as condições da faixa livre nas calçadas melhoram a segurança, o acolhimento, assim como estimulam a presença de pessoas em diversos espaços.

2 - Conectividade: continuidade, acesso ao transporte público, infraestrutura cicloviária e permeabilidade. Dentro da perspectiva de gênero, a continuidade, por exemplo, é fundamental para garantir maior liberdade nos caminhos.

3 - Segurança viária: velocidade máxima, distribuição viária, travessias e acessibilidade física. Pela perspectiva de gênero, vias mais calmas diminuem os riscos, geram maior interação entre as pessoas nos veículos e pessoas caminhando e mais sensação de segurança.

4 - Fachada de edificações: transparência, acesso, uso misto e entrada de veículos. Na perspectiva de gênero, a conexão visual entre espaços públicos e privados gera segurança às mulheres, bem como o maior número de acessos dá mais condições de buscar auxílio em caso de necessidade.

5 - Conforto e mobiliário: sombra e abrigo, transparência dos mobiliários, oportunidade de sentar e iluminação. Sob a perspectiva de gênero mobiliários transparentes geram segurança, bem como áreas com espaços de convivência e bem iluminados.

6. Sinalização: indicação para pedestres, informação direcionada e preferência a pedestres. Conforme a perspectiva de gênero, a informação facilita a locomoção e garante a autonomia do território e a confiança no deslocamento.