“Nagô Obirin” é o nome da mostra sobre matriarcado, ancestralidade e maracatu que está aberta para visitação no Centro de Referência Afro (Creafro) Enedina Alves Marques, no Centro, até o 1º de agosto. A exposição é coordenada pela filial curitibana do movimento de empoderamento feminino Maracatu Baque Mulher, a convite do Creafro.
O público que passar pelo espaço poderá entrar em contato com a história do grupo de mulheres negras que atua para fortalecer as tradições herdadas do povo nagô, vindo do atual Benin, na costa ocidental da África. A palavra “obirin” quer dizer mulher.
Sua trajetória é contada por meio de 15 pôsteres, o estandarte do grupo e alguns instrumentos usados para produzir o som do maracatu - uma das tradições preservadas pelos terreiros, ao lado das danças do jongo e do maculelê.
“São as mulheres negras de Curitiba atuando pela preservação das expressões da cultura de matriz africana”, observa a coordenadora do Creafro, Valéria Pereira da Silva.
O Creafro é o serviço da Prefeitura destinado a acolher e atender pessoas negras vítimas de racismo, intolerância religiosa e xenofobia, além de promover expressões culturais de matriz africana.
Trajetória
O Maracatu Baque Mulher foi criado em Recife há 16 anos e hoje tem filiais espalhadas pelo Brasil e até na Europa, na capital portuguesa, Lisboa. A de Curitiba existe desde 2016. Sua madrinha é a iyalorixá Mãe Vera de Òsún, que participou da solenidade de abertura da mostra.
Na abertura do evento, na noite de quarta-feira (26/6), uma apresentação feita por parte do coletivo cultural saudou os presentes ao som do maracatu. Também participaram do evento a assessora de Políticas de Promoção da Igualdade Étnico-racial, Marli Teixeira Leite, e a vereadora Giorgia Prates.
Serviço: Nagô Obirin
Data: até 1º/8. De segunda a sexta-feira, das 9 às 17h
Local: Creafro (Rua Barão do Rio Branco, 45, 2º andar)
Entrada franca
Livre para todos os públicos