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Novo Jardim de Mel

Grupo de estudantes conhece o Jardim de Mel da Praça Osório

Prefeito Rafael Greca, juntamente com a secretaria da Educação Maria Silvia Bacila e Felipe de Jesus, coordenador do projeto, inaugura Jardins do Mel na praça Osório com as crianças da Escola Municipal Colombo, o prefeito também falou da importância das abelhas nativas sem ferrão na conservação da biodiversidade. A Praça Osório é o mais novo endereço do projeto Jardins de Mel da Prefeitura de Curitiba. Agora, mesmo quem passa apressado por ali, vai poder conhecer um pouco mais sobre as abelhas mandaçaia, jataí e mirim. - Curitiba, 11/06/2018 - Foto: Daniel Castellano / SMCS

Ao lado do prefeito Rafael Greca, um grupo de estudantes da Escola Municipal Colombo, do Bairro Novo, participou da inauguração do Jardim de Mel da Praça Osório, nesta segunda-feira (11/6).

Instalado próximo ao chafariz, entre a vegetação da praça, o meliponário com três caixas de abelhas nativas, sem ferrão, servirá para polinizar a região central da cidade. “As abelhas sairão voando pelas ramas altas das sibipirunas da Praça Osório e polinizarão as árvores e as plantas. Teremos maior florada de ipês, de jacarandás e mais flores na nossa Rua das Flores”, disse Greca.

Aos estudantes, que participaram da inauguração durante aula de campo do programa Linhas do Conhecimento, o prefeito falou sobre a importância das abelhas nativas para o ecossistema de regulação e equilíbrio do planeta.

“As abelhas são especialistas em espalhar o pólen e com isso as flores e frutas nascem em abundância. Queremos que Curitiba seja a mais doce e ecológica das cidades do Brasil”, declarou.

Estudantes multiplicadores

Este foi o 8º Jardim de Mel instalado na cidade, fruto de uma parceria entre a Prefeitura, por meio das secretarias municipais do Meio Ambiente e da Educação, com o agroecólogo Felipe Thiago de Jesus. A expectativa é instalar mais 14 unidades neste ano, tornar a cidade mais consciente sobre a importância das abelhas para a regulação do planeta e fazer das crianças e estudantes multiplicadores da prática.

Por meio do projeto Jardins de Mel, as crianças aprendem sobre a contribuição dos insetos para a manutenção da vida e tornam-se Guardiões das Abelhas Sem Ferrão. Mais de 2.000 pessoas já participaram dessas atividades. “Elas são abelhas boazinhas, que não picam, só carregam os pólens das flores para fazer outras flores”, disse o estudante Vinicius Robak, de 10 anos, que acompanhou atento as explicações repassadas pelo prefeito e pelo agroecólogo Felipe.

A colega de turma Ana Eloiza Rodrigues, de 8 anos, que nunca havia escutado falar em abelhas sem ferrão, também gostou de saber mais sobre as espécies mandaçaia, mirim e jataí, cujas caixas foram instaladas na praça. “Elas vão voar pelo Centro e fazer nascer outras plantas”, disse Ana.

Além das abelhas, ela ficou impressionada com a beleza da praça, espaço da cidade que não conhecia. “Eu passava de carro, olhava pela janela e nem sabia que tinha tantos detalhes aqui dentro. Tem até chafariz, feira e muitas plantas”, disse a estudante.

Preservação da natureza

Já há Jardins de Mel no Parque Barigui, Jardim Botânico, Zoológico (acantonamento), Bosque Reinhard Maack, Museu de História Natural, Parque Tingui e Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Segundo a secretária municipal da Educação, Maria Silvia Bacila, o novo ponto representa mais oportunidades para se preservar da natureza e lembrar das responsabilidades de cada cidadão em relação ao meio ambiente.

“Muitas crianças cresceram entendendo que as abelhas deixam um ferrão dolorido. Os Jardins de Mel revelam um conhecimento diferente, apresentam as características das nossas abelhas nativas e as ajudam a se proliferar e polinizar a nossa cidade”, disse Maria Sílvia.  

A secretária municipal do Meio Ambiente, Marilza Dias, destacou que as abelhas sem ferrão são responsáveis pela polinização de cerca de 90% das plantas brasileiras. “O projeto visa garantir a continuidade das matas nativas”, disse Marilza.

Cidade educadora

Uma das partes mais importantes projeto Jardins de Mel é a transmissão do conhecimento sobre as espécies de abelhas sem ferrão – especialmente as jataí, manduri, mirim, mandaçaia e guaraipo, presentes nos parques da cidade – aos estudantes. “Partimos do conceito de cidade educadora e instalamos as caixas das abelhas em espaços onde a população e as crianças podem interagir”, diz Felipe.

A instalação na Praça Osório, explica ele, tem o objetivo de promover “a variabilidade genética das espécies vegetais conectando as áreas da região central de Curitiba.”

Depois de compreenderem o funcionamento das caixas de abelhas, os estudantes foram guiados pela pedagoga Priscila Costa, da equipe do programa Linhas do Conhecimento do Bairro Novo, para uma aula de história sobre Curitiba.

Detalhes da economia e do desenvolvimento da cidade foram repassados na caminhada entre os prédios e monumentos da Rua XV de Novembro. Eles também participaram de atividades pedagógicas e recreativas realizadas pela Prefeitura no calçadão para marcar o mês do Meio Ambiente.

Participaram da inauguração do Jardim de Mel os secretários municipais do Abastecimento, Luiz Gusi, e do Esporte, Lazer e Juventude, Emílio Trautwein, o presidente do Imap, Alexandre Jarschel de Oliveira, administradores regionais e a vereadora Julieta Reis.

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