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Balanço 8 ANOS

Gestão inteligente consolida modelo arrojado de administração pública municipal em Curitiba

O prefeito Rafael Greca partcipa da abertura do Smart City Expo Curitiba 2024. Curitiba, 20/03/2024. Foto: Ricardo Marajó/SMCS

Vencer os desafios diários de uma cidade do porte de Curitiba, com uma população de 1,773 milhão de pessoas que vivem e trabalham nos 75 bairros, requer comprometimento, organização e disposição da equipe de servidores. Tecnologia e pessoas é a combinação necessária para a construção da reconhecida cidade inteligente que Curitiba já é, segundo diferentes instituições mundo afora, capaz de promover o impacto positivo na vida das pessoas.

“O cidadão deve estar no centro de todas as soluções. A nossa cidade inteligente é para as pessoas”, reforça o secretário de Administração, Gestão de Pessoal e Tecnologia da Informação (Smap), Alexandre Jarschel de Oliveira.

Na Prefeitura de Curitiba, a área de tecnologia da informação tem papel fundamental nesse processo, possibilitando as condições para mudanças de processos arraigados há décadas, desafiando servidores a pensar de modo diferente, capacitando interessados.

Com o tempo, servidores e o cidadão perceberão o efeito da transformação digital construída até aqui, já que a tecnologia amplia as respostas ao curitibano, simplifica, reduz prazos, acelera processos e permite que os servidores possam trabalhar de forma inovadora.

Segurança

Para construir e manter um ambiente digital seguro e com privacidade de dados foi preciso resolver uma complexa equação em várias frentes de trabalho. Uma delas foi a atualização de sistemas estruturantes e fundamentais para o funcionamento da Prefeitura. Alguns deles estavam desatualizados havia mais de 10 anos.

Sistemas tão antigos ficam fragilizados, colocando em risco os dados neles armazenados, o tempo e o trabalho dos profissionais envolvidos e, ainda, com possibilidade de interrupção inesperada.

Na área de tecnologia da informação, atualizar é essencial para resolver problemas e proteger o que já foi investido antes. “Quando um sistema não pode passar por manutenção, ele pode parar processos grandes e complexos dentro de uma cidade do tamanho de Curitiba”, alerta Jarschel. “Se ocorre uma falha na emissão de notas fiscais eletrônicas, por exemplo, para o comércio, para a arrecadação, para a cidade.”

A substituição de sistemas antigos nem sempre é a solução escolhida. É preciso levar em conta as novas tecnologias disponíveis, as necessidades da área, a possibilidade de dois ou mais sistemas funcionarem de forma coordenada, a disponibilidade de equipes de manutenção e, principalmente, a segurança da informação. Os riscos de invasão nos sistemas são sempre considerados. O ambiente precisa ser seguro e garantir privacidade de dados.

Foco é a transformação

A transformação digital ganhou ênfase a partir de 2019, quando a Prefeitura decidiu tornar o e-Cidadão a base única de dados sempre que o cidadão estiver usando aplicativos como o Curitiba App, Curitiba 156, Saúde Já ou as dezenas de aplicações disponíveis, como o Wi-fi- Curitiba, Cadastramento Escolar, Curitiba em Movimento, Fala Curitiba.

Atualmente, mais 2 milhões de cidadãos estão cadastrados no e-Cidadão, a maioria, curitibanos. Quem passa pela cidade, brasileiro ou não, também pode fazer o cadastro e utilizar alguns dos serviços disponíveis.

A Smap é a porta de entrada das demandas de tecnologia da informação, medida estratégica para identificar necessidades parecidas entre as áreas, otimizar soluções adequadas, ampliar possibilidades, sem que a secretaria ou órgão tenha que começar tudo do zero.

A interlocução entre a Superintendência de TI e o Instituto das Cidades Inteligentes (ICI), empresa que tem contrato com a Prefeitura, agiliza o caminho até que cada área da Prefeitura consiga materializar ideias e transformá-las em soluções tecnológicas adequadas. 

Informações estratégicas

Uma importante inovação consolidada em 2024 foi o início da utilização inédita de estratégias de big data (grandes dados) e data lake (lago de dados) na Prefeitura. A cidade agora pode armazenar grande volume de dados e fazer o cruzamento de diferentes bases, incluindo as de fontes externas. Com isso, será possível analisar informações distintas para a tomada de decisões importantes, garantir o apoio estratégico e célere, principalmente em situações de crise.

“O data lake pode ser comparado a um imenso depósito da Prefeitura que permite que façamos análises com estratégias de big data e busquemos respostas para questões complexas para a administração pública municipal”, explica Jarschel.

Além de fortalecer a transformação digital, ele será importante instrumento ao Hipervisor Urbano, a mais nova ferramenta de gestão estratégica para o monitoramento e o planejamento urbano de Curitiba.

A servidora Andrea Duarte Ferreira será uma das primeiras a utilizar o data lake com informações da Central 156, para o cruzamento de diferentes cenários. “O lago de dados permite fazermos cruzamentos inéditos de informações”, constata ela, que é uma especialista na área.

Computador virtual

Outro passo importante foi o início da substituição dos antigos desktops alugados, a partir de 2023. Mais de dois mil computadores foram renovados.

Os novos equipamentos, bem menores, têm menos componentes e são conhecidos como “thin client”, expressão em inglês que, em tradução livre, significa cliente magro ou cliente fino. Integrados a um desktop virtual é possível acessar programas, funcionalidades, sistemas corporativos e serviços de forma rápida de onde o servidor estiver – celular ou outro computador.

A contratação da empresa Arlequim foi feita no formato DAAS, sigla em inglês para “desktop as a service”, e tudo fica na nuvem, com menos vulnerabilidade para a Prefeitura. A mudança integra a chamada TI Verde, que envolve redução de papel, menos emissões de CO2, menos gastos com energia e menos descarte de equipamentos.

Wi-fi gratuito

Curitiba proporciona a internet pública gratuita, projeto desenvolvido em parceria com o ICI, como contrapartida social. Mais de 326 mil pessoas já se cadastraram e podem utilizar a internet gratuita em um dos 226 locais estratégicos da cidade, que têm 338 pontos de acesso. 

Terminais de ônibus, Faróis do Saber, parques, praças, escolas, Ruas da Cidadania e Liceus de Ofício estão entre eles. Os mais populares são os terminais de ônibus, que representam 44% dos acessos de indivíduos distintos no Wi-Fi Curitiba só este ano.

Para o estudante Odahyr Kovacz, de 32 anos, a rede do Wifi-Curitiba na Rua da Cidadania de Santa Felicidade foi essencial nos estudos. “Quando fazia supletivo do EJA, até fevereiro deste ano, eu parava no caminho mais de uma hora antes de a aula começar e usava a internet para fazer pesquisas e estudar”, disse. 

Curitiba não dorme

A cidade que inaugurou em 2021 a sua Muralha Digital, usando a tecnologia a favor da segurança, integrou mais de 2 mil câmeras, entre novas e existentes, além de câmeras corporais e veiculares utilizadas pela Guarda Municipal, e botões de pânico nas escolas municipais.

As câmeras para videomonitoramento 24 horas estão espalhadas em pontos estratégicos, como as entradas e saídas da cidade, cemitérios, locais como o Parque Náutico, no Boqueirão, o Palácio Solar 29 de Março, sede da Prefeitura, o Parque Tanguá, Jardim Botânico, Passeio Público, Parque Barigui, a Travessa Nestor de Castro com a Rua do Rosário, em frente à rodoferroviária, as Praças do Redentor, do Japão, Tiradentes e Generoso Marques.

Conduzido pela Smap em parceria com a Secretaria da Defesa Social e Trânsito (SMDT), o Centro de Controle Operacional conta com o apoio de servidores da defesa social, trânsito, defesa civil, além de toda a Prefeitura.