O prefeito Rafael Greca visitou nesta manhã de terça-feira (29/6) as novas instalações da presidência e assessorias da Fundação Cultural de Curitiba, no Centro Histórico. A nova sede ocupa o imóvel conhecido como Solar do Rosário, que apesar de abrigar alguns setores administrativos, manterá o caráter cultural, com salas de exposições, auditório e ateliês.
“Nós abrimos a antiga casa de Ignácio de Paula França e Sinhá França, que já foi casa de Elza e Newton Carneiro, Instituto Goethe, Galeria Solar do Rosário, agora transformada em sede no setor histórico da Fundação Cultural de Curitiba. Ela soma-se com o Belvedere, o anfiteatro das Ruínas, o Museu Paranaense, o Instituto Curitiba de Turismo, o Memorial de Curitiba, a Casa da Memória, o Conservatório de MPB, o Solar do Barão e o Cine Passeio, formando um grande corredor cultural, que vai do Passeio Público ao Alto do São Francisco”, disse o prefeito.
Ao lado da presidente da FCC, Ana Cristina de Castro, o prefeito destacou o papel da instituição - o de fazer da cultura da cidade o maior patrimônio do povo curitibano. “É no coração dos curitibanos que Curitiba se aquece e vive”, afirmou.
Greca percorreu os espaços da nova sede da FCC e visitou a exposição do artista plástico Ruben Esmanhotto, que também estará aberta ao público. “Um pintor que foi grande e foi nosso. Sua obra é um passeio sentimental e cultural pela nossa cidade”, descreveu o prefeito. A produção do artista, falecido aos 60 anos, em 2015, é célebre por retratar paisagens e casarios históricos de Curitiba e do Paraná.
Imóvel histórico
Construído no final do século 19 para a família de Ignácio de Paula França, o Solar do Rosário era então conhecido como Solar de Sinhá França. A imponência do casarão e seu característico frontão se destacam na paisagem, tornando-o uma das mais significativas construções do Setor Histórico de Curitiba.
Paula França faleceu em 1919, mas a casa se manteve como moradia da família até o final da década de 1940. O endereço transformou-se de modo expressivo em 1975, quando foi alugado para o Instituto Goethe, iniciando uma vocação de uso cultural que perdura até os dias atuais. O Goethe manteve-se na casa até 1988.
No ano seguinte, adquirido pela família Casillo, passou por obras de recuperação e restauro para abrigar uma entidade cultural com galeria de arte e antiquário que, entre outras atividades, organizou cursos, seminários, palestras e oficinas. O Centro Cultural Solar do Rosário transferiu-se para novo endereço, em 2020.
Consolidando a sua vocação cultural e o uso com atividades artísticas, o Solar reabre agora em 2021 como espaço expositivo e sede administrativa da Fundação Cultural de Curitiba.