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Curitiba sem mosquito

Força-tarefa contra a dengue percorre 52 quadras do Tatuquara em Curitiba

Força-tarefa do Curitiba sem Mosquito no Tatuquara. Na imagem: Silvana Cândida de Faria Galícia Rodrigues, 58 anos, moradora . Curitiba, 03/02/2024. Foto: Ricardo Marajó/SMCS

A manhã desta sábado (3/2) foi de força-tarefa contra a dengue no Tatuquara. A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba reuniu 60 profissionais de todas as áreas da pasta, entre Atenção Primária, Distritos Sanitários, Samu, Vigilância, nível central, além de servidores da Defesa Civil, Regionais e também voluntários.

“Neste momento precisamos unir forças contra a dengue. Agradeço a participação de todos que se dispuseram a usar parte de seu dia de descanso na orientação à população”, disse a secretária Municipal da Saúde, Beatriz Battistella.

O ponto de partida para a ação aconteceu na Unidade de Saúde Monteiro Lobato, onde a secretária pôde conversar com os profissionais e as equipes receberam as orientações e o mapa da região que iriam percorrer. O grupo foi dividido para percorrer 52 quadras.

Uma das voluntárias era Leonira de Medeiros de Almeida, funcionária aposentada da Prefeitura e que representava o grupo Desbravadores Chagas Lima, do bairro São Braz. Todos os anos ela faz questão de participar das ações como voluntária.

“Eu me sinto muito feliz em ajudar a conscientizar as pessoas sobre a prevenção da dengue. Eu gosto de me somar a esse trabalho de orientar a comunidade a tomar todos os cuidados”, disse Leonira, que se uniu a duas profissionais do Distrito Sanitário do Boqueirão para percorrer as casas da quadra definida para a equipe.

Geralmente em duplas, os profissionais abordaram moradores e entregaram folhetos explicativos sobre as formas de prevenção da dengue e o check-list para eliminar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor das doenças dengue, zika e chikungunya. Também avisaram do segundo mutirão de recolhimento de resíduos do ano no bairro, que vai acontecer na próxima semana, nos dias 8 e 9 de fevereiro, quando os caminhões da Secretaria do Meio Ambiente vão recolher os materiais retirados pelos moradores.

“É importante reforçar a importância de manter casa e quintais livres de recipientes que podem acumular água, que são usados pela fêmea do Aedes para colocar seus ovos e aumentar a infestação de mosquitos”, orienta a coordenadora do Programa Municipal de Controle do Aedes da SMS, Tatiana Faraco.

Segundo ela, mais de 70% dos criadouros do mosquito estão nas casas, por isso, semanalmente, é preciso vistoriar a residência, quintal e inclusive os terrenos da redondeza em busca de materiais que podem acumular água. “Cada um deve fazer sua parte para evitar novos casos da doença”, diz Tatiana.

Mutirão

No primeiro mutirão Curitiba Sem Mosquito deste ano no Tatuquara, realizado nos dias 29 e 30 de janeiro, foram recolhidas 33 toneladas de resíduos retirados pelos moradores. Os caminhões da Secretaria Municipal do Ambiente fizeram 22 viagens para recolher o material inservível.

Na casa de Silvana Cândida de Faria Galícia Rodrigues, de 58 anos, não foram encontrados problemas. A moradora disse que os agentes já haviam passado em sua casa nas últimas semanas e que acha importante a ação. “Temos que cuidar, porque o mosquito é pequeno, mas pode até matar”, refletiu conversando com os agentes da Saúde.

O casal Sueli Costa e Antonio Carlos Ribeiro da Silva vive há 22 anos no bairro. Eles cultivam muitas plantas, mas mantém os cuidados para evitar a dengue. “Minha casa está sempre bem cuidada e toda vez que vejo um pote na rua, ou em terrenos, viro para não ter água”, disse Sueli.

Casos

Curitiba registrou 183 casos de dengue em janeiro de 2024. Do total, 18 são autóctones, ou seja, a contaminação ocorreu na cidade. Os outros 165 foram importados. Os dados são do último boletim epidemiológico da SMS.

O bairro com maior número de casos autóctones é o Tatuquara, com 13 confirmações, o que tem motivado as diversas ações de bloqueio das equipes da saúde e mutirões de limpeza na região.

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