Salário, sociabilidade, inclusão, aprendizado. Foram muitos os motivos que levaram 296 pessoas em busca de uma vaga no mercado de trabalho à Ação de Empregabilidade para Pessoa com Deficiência, realizada nesta terça-feira (2/8) pela Prefeitura de Curitiba.
A participação superou as expectativas do Departamento dos Direitos da Pessoa com Deficiência, responsável pela ação, juntamente com a FAS Trabalho (Fundação de Ação Social), que reuniu presencialmente 15 empresas da capital.
“É um evento fundamental para inclusão das pessoas no mundo do trabalho”, diz Denise Moraes, diretora do Departamento da PcD. “Se a pessoa sem deficiência, para se sentir autônoma, precisa de trabalho, é a mesma coisa para a pessoa com deficiência.”
Inclusão
Essa foi a motivação de Andreia Grober, 37 anos. Deficiente visual que tem apenas 10% da visão de um olho, por causa de um problema genético, ela se deslocou sozinha de ônibus de Colombo até o Alto da XV, onde foi buscar recolocação.
“Eu quero voltar a trabalhar por causa do salário e também para aprender. Quero muito me desenvolver e também dar retorno para a empresa”, resume Andreia, que foi encaminhada para entrevistas em duas empresas da capital. “[No trabalho] também conheço pessoas diferentes e faço amizades.”
Buscar vaga e trabalhar não é novidade para ela, que já foi auxiliar administrativa em metalúrgica e fábrica de brinquedos.
Provedora
Mãe de três filhos, chefe de família e desempregada há pouco mais de dois meses, Jéssica dos Reis diz que está precisando muito voltar a trabalhar.
Segundo ela, a ação concentra muitas oportunidades. “Fora daqui é mais difícil achar colocação”, disse ela, que é surda e cuja conversa contou com auxílio da intérprete da Central de Libras Sandra Mara Mathias.
Jéssica, cuja surdez decorre de uma doença da mãe durante a gravidez, trabalhava com limpeza em indústria e agora foi encaminhada para vaga em supermercado.
Vagas
A ação desta terça disponibilizou cerca de 500 vagas para diversas funções: de programador e analista de sistemas a jardineiro e zelador, de operador de caixa a garçom, de auxiliar comercial e administrativo a atendente de callcenter, de empacotador a auxiliar de produção.
Os salários variam de R$ 1.224 a R$ 2.448.
Complemento
Ricardo Ofsiany viu na feira uma boa oportunidade de encontrar uma colocação para trabalhar no período da tarde e complementar a renda. Com 29 anos, ele trabalha desde os 18 e abriu há pouco tempo seu próprio negócio, de fotografia aérea.
A expertise ele adquiriu quando fazia monitoramento de segurança à distância (por meio de câmeras) numa livraria, função em nada prejudicada por sua deficiência física (decorrida de espinha bífida).
Vagas abertas
Além de ações como a realizada nesta terça, o Sine (Serviço Nacional de Emprego) mantém de maneira permanente vagas para pessoas com deficiência.
Serviço
- As vagas disponíveis no mercado de trabalho podem ser acessadas pelas Pessoas com Deficiência meio Sine (Serviço Nacional de Emprego).
- São dez postos do Sine, um em cada Rua da Cidadania (Clique aqui para os endereços). Comparecer em qualquer um dos Postos de atendimento com os documentos pessoais.
- Horário: 8h às 17h.
- O agendamento de horário também pode ser feito pela Agenda Online no site da Prefeitura.
- É possível também acessar as vagas pelo aplicativo Sine Fácil.
O Departamento da Pessoa com Deficiência também presta o serviço de assistência a este encaminhamento.
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