Desempregada há mais de um ano, Marinei Isabel Kanka, 46 anos, esteve no Núcleo da Fundação de Ação Social (FAS), no Bairro Novo, nesta segunda-feira (13/4), para receber uma cesta básica. Marinei havia telefonado para pedir ajuda, já que além dela, a filha e o marido também estão sem emprego.
“Está muito difícil, eu trabalho alguns dias como diarista e meu marido faz bicos de jardineiro. Com o que ganhamos pagamos as contas e compramos comida”, conta a mulher que trabalhava na área de limpeza de um frigorífico e sonha em ter novamente um trabalho com carteira assinada.
Segundo Marinei, que mora no Umbará, a cesta básica vai ajudar muito a família. “Assim teremos alimentos por vários dias”, disse.
Assistência nas regionais
Em uma semana, além de Marinei, outras 196 famílias receberam cestas básicas da FAS em toda a cidade. No pacote há arroz, feijão, açúcar, farinha de trigo, fubá, macarrão, óleo, molho de tomate e, algumas vezes, biscoito.
“Todos os produtos são de doações de empresas, instituições e da população que têm colaborado com a campanha que a FAS vem fazendo desde o último dia 1º, para coletar alimentos não-perecíveis, roupas masculinas, produtos de higiene e limpeza”, explica o presidente da FAS, Fabiano Vilaruel.
Acompanhados há dois anos e meio pelo Centro de Referência da Assistência Social Bairro Novo, Gustavo Ruthes, 31 anos, e a esposa, Priscila Alves dos Santos, 28 anos, também receberam uma cesta básica.
Ele contou que procurou a FAS para ter informação sobre o auxílio emergencial do governo federal e, em função da situação em que se encontra, foi selecionado para receber os alimentos.
“Eu trabalhava como auxiliar de produção em uma lavanderia, mas perdi meu emprego há dois meses”, explicou. Segundo Ruthes, ele é a única fonte de renda em casa, onde moram também um filho pequeno e um irmão cadeirante. “Essa cesta vem em uma boa hora.”
Subsídio alimentar
Além das cestas básicas montadas com doações, a FAS atende todos os meses, em média,1.200 pessoas ou famílias com subsídio alimentar. O benefício é destinado para aqueles que estão temporariamente em situação de vulnerabilidade social.
O chamado benefício eventual tem valor de R$ 70 e é pago no formato de crédito eletrônico nos cartões do programa Armazém da Família, da Secretaria Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (SMSAN). Com ele, as pessoas têm a possibilidade de escolher o que precisam, além de comprar produtos com preços mais baixos do que nos mercados.