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Referência nacional

FAS celebra 31 anos alinhada às demandas de proteção social e qualificação profissional dos curitibanos

Casa de Passagem Dr Faivre. - Na imagem Joshua Johoan Ribas. Foto Sandra Lima

A Fundação de Ação Social (FAS) completa 31 anos nesta segunda-feira (29/4). Ao longo das mais de três décadas de existência, ela tem contribuído efetivamente para garantir direitos para milhares de pessoas que precisaram ou que hoje dependem dos serviços da assistência social e do trabalho e emprego em Curitiba.

Pioneira em várias ações, algumas delas implantadas até mesmo antes de instrumentos legais determinados pelo Governo Federal, a fundação se tornou referência para o país no desenvolvimento da assistência social, um reconhecimento mantido até os dias atuais.

Desde que foi criada, em 1993, pela primeira-dama Margarita Sansone, a FAS orienta, acolhe e transforma a vida de famílias de baixa renda, crianças e adolescentes em situação de risco social, abandonadas e vítimas de exploração de trabalho infantil ou sexual, pessoas em situação de rua, mulheres vítimas de violência, pessoas com deficiência e idosas, migrantes e o público LGBTI+.

Em 2023, quase 117 mil famílias foram atendidas nos 39 Centros de Referência de Assistência Social (Cras), coordenados pela FAS, porta de entrada da assistência social. Juntas, elas receberam mais de 422 mil atendimentos, entre eles a inclusão ou atualização do Cadastro Único, sistema do Governo Federal que traça o perfil das famílias brasileiras e dá acesso a benefícios sociais, como Bolsa Família, a Tarifa Social da Energia Elétrica e o Vale Gás.

Filho da FAS

O técnico de Informática da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Jeferson Cardoso, 34 anos, se considera “um filho da FAS”, como ele mesmo se intitula. Jeferson conta que de 2004 a 2012 participou do então programa Agente Jovem, desenvolvido pela FAS e que promovia ações de convivência para adolescentes, prioritariamente em situação de vulnerabilidade social.

As atividades aconteciam no Cras Xapinhal, no Sítio Cercado, onde teve oportunidade de fazer também curso de informática. “Eu não sabia nada, mas aprendi e isto garantiu o meu primeiro emprego no então banco HSBC, onde trabalhei até 2020, quando chegou a pandemia”, diz.

Com as dificuldades impostas pela pandemia da covid-19, Jeferson se manteve fazendo consultorias de informática e, em 2023, voltou ao mercado de trabalho, desta vez na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Paralelamente, o técnico faz faculdade de Sistemas da Informações, casou, tem uma filha e se orgulha de ter conquistado o sonho da casa própria.

“A FAS foi muito importante na minha vida, me deu oportunidades. Foi a partir dela que construí minha carreira profissional, além de toda a bagagem que adquiri como cidadão”, ressalta.

A longo prazo

A história de Jeferson e da FAS voltou a se cruzar no último mês de março, quando um grupo de servidores da FAS que trabalha em ações e serviços da política do trabalho e emprego visitou a PUCPR para assistir à palestra "O Futuro do Trabalho" e conhecer o Centro de Realidade Estendida da instituição, que reúne experiências imersivas com altas tecnologias, como realidades virtual e estendida, robótica e impressão 3D.

Técnico de Informática da instituição, Jeferson apresentou o espaço, o primeiro do Brasil instalado em uma universidade, além de ser um dos pioneiros da América Latina e o segundo maior do mundo.

No final da apresentação, ao se despedir do grupo, Jeferson falou de sua passagem pela FAS e da gratidão pelo que recebeu da assistência social.

A presidente da FAS, Maria Alice Erthal, explica que todo o trabalho da fundação busca a proteção social das pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade ou risco social. “Nosso objetivo é viabilizar o acesso, garantir direitos sociais e possibilitar a formação e a qualificação profissional, para que possam ter uma vida melhor e mais digna”, explica.

Maria Alice diz que Jeferson Cardoso é a demonstração de que o trabalho da assistência social é fundamental para a superação de vulnerabilidades, mesmo que ela aconteça a longo prazo.

Rede de proteção

Responsável também pela política do trabalho e emprego em Curitiba, a FAS se modernizou para enfrentar os desafios que surgiram ao longo dos anos. Hoje a instituição forma uma grande rede de proteção, com serviços que vão desde a garantia de alimentação e convivência social, até os mais complexos, como de acolhimento de crianças, mulheres e idosos que sofreram alguma violação de direitos, atendimento a pessoas em situação de rua, até a qualificação profissional e encaminhamento para vagas de emprego.

Todos os serviços são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar, formada por assistentes sociais, pedagogos, psicólogos, agentes administrativos, educadores, motoristas, carregadores e auxiliares de serviços gerais, que atuam em 135 unidades espalhadas por toda a cidade.

Trabalho intersetorial

Para que os serviços possam atender a todas as necessidades dos usuários, a FAS conta com o apoio de outras políticas públicas municipais e instituições parcerias, como organizações da sociedade civil e empresas.

Entre elas, a Saúde, com atendimento do Samu e do Consultório na Rua, das unidades de saúde e de pronto-atendimento e dos Centros de Atendimento  Psicossocial (Caps); a Segurança Alimentar, com o Mesa Solidária e os Armazéns da Família; e a Educação, que atende as crianças e adolescentes acolhidos pela FAS, além de ofertar a Educação de Jovens e Adultos (EJA) e exames de equivalência para o público maior de 18 anos.

A FAS tem ainda o apoio da Defesa Social, do Esporte, Lazer e Juventude, do Meio Ambiente e da Companhia de Habitação (Cohab).

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