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Moradia digna

Famílias saem de área de risco para sobrados novos no Cajuru

Famílias que vivem nas margens do rio Atuba, no Cajuru, estão recebendo novas casa no Moradias Acrópole. - Na imagem Roberto Domanski. Curitiba, 11/06/2019. Foto: Rafael Silva

Seis famílias que viviam em área de risco na Vila Acrópole ganharam novas casas, nesta terça-feira (11/6). Em ação da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab), os moradores foram transferidos das margens do rio Atuba para sobrados novos e seguros construídos na própria vila, localizada no Cajuru.

Outras 17 unidades serão entregues nos próximos dias para finalizar o reassentamento de famílias deste projeto. A urbanização da Vila Acrópole possibilitou casa nova para 192 famílias que viviam de maneira precária. Destas, 112 estavam em área de preservação e outras 80 foram relocadas para desadensamento e adequações no sistema viário formado por becos e vielas. 

O presidente da Cohab, José Lupion Neto, ressalta que trabalho da Companhia não se restringe à construção de moradias.

“Este projeto é um bom exemplo da abrangência das intervenções. Temos construção de casas, titulação das famílias, aobras de urbanização, trabalho social e recuperação ambiental”, explica Lupion.

Com investimentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e contrapartida da prefeitura, que somados chegam a R$ 19,6 milhões, a intervenção da Cohab na Vila Acrópole beneficiou ao todo 1.292 famílias residentes no local.

Além das 192 reassentadas, as famílias que estão em locais sem restrições habitacionais foram beneficiadas com obras para melhorar a infraestrutura do local, com a implantação de 4,7 km de pavimentação asfáltica; 9,2 km de redes de drenagem e 11,3 km de redes de água e esgoto. Também receberão as escrituras de propriedade de seus terrenos.

As áreas que estavam irregularmente ocupadas, após a transferência das famílias receberam obras de recuperação ambiental, com a implantação de ciclovia, canchas esportivas, plantio de grama e mudas de árvores.

Vida nova

A dona de casa Evelin Beatriz de Oliveira, 20 anos, estava morando há três com o marido e a filha em uma precária moradia de madeira na beira do rio. Nas últimas chuvas o telhado ficou prejudicado e eles estavam provisoriamente na casa da sogra dela. “Não tinha mais condições, chovia mais dentro do que fora da casa”, conta.

Sobre a casa nova, Evelin já tem planos.

“Gostamos muito de ir em encontro de amigos, mas era sempre na casa dos outros, porque além de faltar espaço a gente tinha vergonha. Agora vamos ter orgulho de nossa casa nova”, diz Evelin Oliveira.


Outro que recebeu as chaves do novo lar é Roberto Domanski, morador local há 15 anos. “É o fim de uma preocupação constante. Viver em invasão é duro porque você nunca sabe o que vai acontecer no dia seguinte. Na casa nova vamos ter segurança e mais qualidade de vida”, afirma.