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“Eu gosto de gente.” Servidora do IPMC compartilha a essência do seu trabalho no atendimento

Equipe de atendimento do Instituto de Previdência Dos Servidores Do Município De Curitiba (IPMC). Curitiba, 15/01/2025. Foto: José Fernando Ogura/SMCS

Uma das principais habilidades da servidora Daiane Danieli Perpétuo Lopes do Nascimento, 49 anos, no dia a dia de trabalho, é a escuta atenta e sensível. Ela integra a equipe de atendimento do IPMC (Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Curitiba), o regime próprio de previdência social dos servidores municipais de Curitiba, e procura acolher cada uma das pessoas que senta a sua frente para receber informações, orientações ou abrir o processo de aposentadoria.

“Observo cada um desde quando eles são chamados e vêm andando até a mesa. O corpo diz muito. Eu gosto de gente, de conversar, de saber como a pessoa está. Atendo olhando nos olhos de cada um e reflito: o que eu posso fazer para ajudar esta pessoa?”. Ela trabalha nesta área desde 2020, mas já é servidora da Prefeitura de Curitiba há quase 15 anos.

Daiane considera que aqueles que vão ao IPMC entregam algo muito importante aos servidores do atendimento: o seu futuro. “Eles colocam a vida deles nas nossas mãos. Estamos falando da aposentadoria, um tempo importante nas nossas vidas.”

Ela explica que, na conversa com o servidor, procura fazer perguntas que servem como reflexão. “Pergunto se o servidor tem um plano financeiro, se fez o provisionamento para a aposentadoria, pensando no futuro. Falamos também de outras atividades que ele poderá fazer estando aposentado, planos que tem e gostaria de realizar. Alguns moram sozinhos, outros ainda precisam ajudar os filhos, há os que estão doentes, outros, cansados. A intenção é que eles pensem a respeito”, diz a servidora.

De modo geral, na aposentadoria, o provento (valor que o servidor receberá mensalmente) será menor que o salário de ativo, ou seja, financeiramente, o servidor precisa estar preparado, se quiser manter o mesmo padrão de vida.

Água com açúcar e oração

Daiane costuma fazer os atendimentos aos servidores que têm alguma incapacidade laborativa, os que terão que se aposentar compulsoriamente e as pessoas com deficiência. “Muitos chegam aqui fragilizados, é preciso ter compaixão. Há pessoas que choram. Já houve situações que precisei oferecer um copo com água e açúcar, noutra, acabei fazendo uma oração com a servidora. Muitas vezes me emociono”, revela, ao citar atendimentos marcantes.

Apesar da diversidade das situações inesperadas que podem acontecer, Daiane diz que sai inteira. “Existe uma troca entre nós, a gente conversa, quando necessário, conto um pouco de mim também. Somos todos servidores. Um dia eu também vou me aposentar e vou estar do outro lado. Eu me vejo neles também”.

Experiência de cuidado

Segundo Daiane, a forma como ela presta os atendimentos é bem parecida com a dos demais servidores da equipe. “Todos aqui somos atenciosos. Um aprende com o outro, a começar com a nossa gerente, Daniélle Sass, que dá o exemplo. Nós temos a cultura de um atendimento diferente. E quando alguém fica nervoso, a gente não enfrenta. Não é pessoal”, avalia.

Ela diz ainda que um ajuda o outro quando, por exemplo, é preciso identificar, dentro da legislação, a melhor regra de aposentadoria para aquele servidor. Em 2024, a equipe do IPMC realizou 4.375 atendimentos agendados.

O agendamento é um importante legado da pandemia pelo novo coronavírus. Com ele, foi possível organizar melhor a rotina da equipe. Além disso, ficou mais fácil para os beneficiários e servidores que vão até o IPMC, pois as pessoas que marcam o atendimento não precisam esperar muito tempo.

Daiane comemora a trajetória na Prefeitura de Curitiba, que começou na área da Educação. Ela conta que gostaria de ter estudado psicologia. O projeto pode até ser realizado no futuro. “A aposentadoria é também tempo de realizar sonhos”, declara.