No dia 29 de março, Curitiba completou 329 anos e recebeu muitas homenagens por parte da Prefeitura, com a entrega de várias obras importantes para melhorar a qualidade de vida na cidade, assim como de curitibanos declarando seu amor pelo local onde vivem.
Uma das homenagens mais singelas partiu dos estudantes das escolas municipais da Regional Bairro Novo. Orientados pelas professoras, as crianças dos 4° e 5° anos fizeram maquetes de pontos turísticos de Curitiba.
O resultado foi tão surpreendente que o núcleo da Secretaria Municipal de Educação decidiu fazer uma exposição. Os trabalhos estarão expostos no auditório II da Rua da Cidadania do Bairro Novo até sexta-feira (8/4). Devido à limitação de espaço, foram selecionados apenas trabalhos dos estudantes das escolas municipais Colombo e Heráclito Fontoura Sobral Pinto.
Trabalhos caprichados
O Museu Oscar Niemayer foi um dos mais reproduzidos, mas têm trabalhos também da Praça do Japão (com direito à escultura de Tomie Ohtake), capivaras, Jardim Botânico, Bosque Alemão, Torre Panorâmica, Zoológico, Parque Tanguá e Catedral Basílica de Curitiba.
O capricho na execução dos trabalhos é notável. As crianças construíram um móbile de monóculos. O pendente fica preso no cabo de um guarda-chuva com estampa de petit pavê, produto da loja #CuritibaSuaLinda.
O móbile resgatou a memória afetiva dos pais, porque é um trabalho dentro de um trabalho. Cada um dos monóculos, feitos com gargalos de garrafas pet, têm uma ilustração feita por uma das crianças.
Linhas do Conhecimento
A mostra foi organizada pelo programa Linhas do Conhecimento, que transforma Curitiba numa imensa sala de aula, com aulas de campo e propostas lúdicas e culturais nos espaços da cidade, e que completou cinco anos.
“O que nós estamos mostrando aqui é só 1% de tudo que foi produzido. Nós ficamos impressionadas com a qualidade e a quantidade de trabalhos”, disse Ana Lúcia Baptista da Silva Kwitschal, que faz parte do programa Linhas do Conhecimento.
Ela explicou que já existe uma tradição de as escolas da região trabalharem esta temática todos os anos. “Este projeto não foi pedido, foi realizado por iniciativa própria das escolas porque já está internalizada nas professoras a ideia de trabalhar com as crianças a importância de conhecer a história e amar a cidade”, comentou.
“O resultado foi excelente e mostra porque o programa Linhas do Conhecimento é o currículo vivido pela cidade educadora. Além de um ponto turístico é a cidade latente pedagogicamente, o planejamento da professora que abraça este ponto turístico e traz isso para dentro da sala de aula”, comentou a chefe do núcleo de Educação, Priscila Costa.
Apoio do Imap
Este ano, o projeto de retratar os pontos turísticos da cidade teve o apoio importante do Instituto Municipal de Administração Pública (Imap), que cedeu as plantas baixas de prédios famosos, como os faróis do saber e inovação e o Museu Oscar Niemayer.
“Os conteúdos envolveram interdisciplinaridade, que foi o conhecimento geográfico, com planificação em maquetes e orientação espacial”, explicou Ely Fabiane de Santana Marques, do programa Linhas do Conhecimento.
O objetivo foi desenvolver uma linguagem própria na perspectiva de criação artística e explorar diferentes possibilidades.