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Escolas têm espaços makers para oferecer aprendizagem criativa

Escolas municipais de Curitiba estão criando seus próprios espaços makers de aprendizagem. - Na imagem, a escola Municipal Ana Hella. Curitiba, 24/09/2019. Foto: Lucilia Guimarães/SMCS

 

Escolas municipais de Curitiba estão criando espaços makers. São ambientes com estações de aprendizagens variadas, que transformam os antigos laboratórios de informática em espaços de inovação.

Os espaços de inovação deixam à disposição dos estudantes recursos tecnológicos e interativos, materiais para trabalhos manuais e pesquisas. O objetivo é estimular as crianças a desenvolverem projetos inovadores a partir do conceito “mão na massa”, em que se aprende a partir da criação.

A proposta para as escolas aproveitarem as estruturas que já existiam nas unidades e associá-las a uma nova metodologia de ensinar, focada no protagonismo do estudante, foi apresentada pela Secretaria Municipal da Educação em agosto.

As escolas municipais Ana Hella, no Vista Alegre, e Paranaguá, no Santo Inácio, são exemplos de unidades que já requalificaram as salas antes ocupadas apenas por computadores.

“Ficamos refletindo em como extrapolar aquilo que já era feito com as tecnologias, em criar um espaço que incentivasse os alunos a se movimentarem e produzirem novos saberes ”, conta a diretora da Escola Municipal Ana Hella, Sandra Rodrigues dos Santos.

Tudo ao alcance das mãos

A solução veio com a reorganização do espaço. Computadores, netbooks, projetores, kits de robótica, lousa interativa, peças de montar, jogos de matemática e para alfabetizar, óculos de realidade virtual, materiais para marcenaria, celulares, tudo foi organizado ao alcance das mãos e dos olhos curiosos dos estudantes.

Os professores passaram a planejar conteúdos integrando atividades de sala de aula com as práticas possíveis no espaço de inovação.

“É uma sala muito bacana, onde a gente aprende e brinca. Eu gosto dos jogos de matemática no computador, acho fácil e divertido”, conta a estudante Amanda Ossoski, 7 anos.

Para o colega Raul Augusto Weber Mangin, apaixonado por tecnologia, o espaço foi a oportunidade para novas descobertas. “Eu agora gosto de criar coisas com peças e fazer elas terem movimento”, diz o menino, de 7 anos.

Rádio Escola

A inovação a serviço do aprendizado fez tanto sucesso que as professoras também criaram uma rádio escola, produzida e apresentada por estudantes, usando o sistema interno de som da escola. A programação inclui entrevistas, divulgação de trabalhos e projetos desenvolvidos pelos alunos. Em breve, a rádio ganhará uma versão na web. O sistema está sendo desenvolvido com a colaboração de Ghibson Yuri Pereira, pai da estudante Daphny Pereira, de 6 anos.

Na Escola Municipal Paranaguá a requalificação do laboratório de informática desencadeou possibilidades de trabalhos diferentes. Os projetos são desenvolvidos por professoras que passaram por capacitação na Secretaria Municipal da Educação e trabalham os temas integrados com a professora regente, ampliando conteúdos apresentados em sala de aula.

Entre computadores, microscópios, leitores de códigos de imagens, jogos interativos, meninos e meninas criam hipóteses e buscam soluções para os desafios que eles mesmos criam.

“É uma conquista para a escola”, diz a diretora da escola Rosane Maria Ronstschky. Para os estudantes o espaço maker não precisou de muito tempo para ser considerado um dos lugares preferidos na escola.

“Aqui a gente consegue aprender diferente do que aprende com o caderno e o lápis. A gente tenta e faz de formas diferentes e é muito bom”, diz o estudante Pedro Henrique Munhoz da Cunha, 10 anos.

Para Rosalina Rodrigues Biscaia, 12 anos, os jogos no computador e as peças de montar a ajudaram a compreender melhor a matemática. “Eu fiquei melhor nas contas e gostei de estudar”, diz a estudante.