Após as reuniões técnicas e de orientação às equipes de limpeza das unidades educacionais da rede municipal de ensino, os cuidados são colocados em prática. Vasos de plantas, pneus de canteiros e hortas, calhas e outros locais que possam acumular água estão sendo vistoriados e limpos nas escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) antes do retorno dos estudantes, em 20 de fevereiro.
A secretária municipal da Educação, Maria Sílvia Bacila, destacou que as equipes de limpeza e conservação terceirizadas foram orientadas a remover focos de água parada. “Precisamos evitar que os mosquitos usem água parada como criadouros para seus ovos”, reforça a secretária.
A diretora do CMEI Heloína Greca (bairro Pilarzinho), Elaine Maria Ioungblood, explicou que a atenção será constante. O CMEI terá cerca de 160 crianças do berçário ao pré este ano letivo.
“Estamos verificando cada cantinho e toda a população precisa ficar atenta, já conversamos inclusive com os vizinhos”, contou Elaine.
Monitoramento da Saúde
A Secretaria Municipal da Saúde realiza monitoramento permanente dos focos do Aedes aegypti desde 1997 e ações de vigilância ambiental são desencadeadas para evitar a proliferação do mosquito e a transmissão de casos da doença.
“Embora todos saibam que não se pode deixar recipientes que acumulam água parada, nossas visitas domiciliares registram grande número de focos do mosquito, que têm o ambiente ideal para a proliferação nesses dias de calor intenso e chuva”, alertou a secretária da Saúde, Beatriz Battistella.
De acordo com o último boletim do município, foram registrados 208 casos de dengue em janeiro de 2024 em Curitiba. Do total, 23 são autóctones, ou seja, a contaminação ocorreu na cidade. Os outros 185 foram importados.
O número é oito vezes maior na comparação com janeiro de 2023, quando foram registrados 25 casos, todos importados. O ano passado inteiro teve 35 casos autóctones. Agora, em apenas um mês, o município contabiliza mais da metade das contaminações locais do ano anterior.