Motociclistas que fazem entregas solicitadas ao aplicativo Rappi receberam orientações e dicas de segurança de agentes da Escola Pública de Trânsito de Curitiba (EPTran), nesta terça-feira (23/5). A conversa aconteceu na sede da escola, no Boque do Fazendinha, e faz parte da campanha municipal Consciência no Rolê, inserida na programação do Maio Amarelo, mês dedicado à promoção da segurança no trânsito.
Com o objetivo de evitar mortes e reduzir acidentes, o encontro buscou conscientizar os motociclistas, que são as principais vítimas no trânsito de Curitiba. Eles receberam informações e tiraram dúvidas sobre o processo de regularização de motofrete na Urbs, além de dicas de ações em caso de acidentes, legislação e equipamentos de proteção.
“Em todas as nossas ações com motociclistas buscamos chamar atenção para as estatísticas e para as condutas que vão fazer a diferença no dia a dia, para que juntos possamos minimizar esses dados”, disse o coordenador de projetos da Eptran, Caçan Jurê Cordeiro Silvanio.
Números
Relatórios do Programa Vida no Trânsito (PVT), encabeçado pelas secretarias da Saúde e Defesa Social e Trânsito, apontam um crescimento contínuo no número de acidentes fatais envolvendo motociclistas.
Em 2019, foram registradas 52 mortes de motociclistas em Curitiba, e em 2020 o número subiu para 69. Em 2021, novo aumento, para 76 mortes. Já em 2022, segundo dados preliminares do PVT, houve uma pequena redução, com 63 mortes. Porém, o motociclista ainda é quem mais morre no trânsito curitibano.
Para a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella, o Maio Amarelo é uma oportunidade de reflexão sobre o alto impacto dos acidentes de trânsito na vida de toda sociedade.
“Além de serem uma das principais causas de mortes evitáveis, os acidentes sobrecarregam os serviços de urgência e emergência e muitas vezes deixam sequelas irreversíveis para as vítimas e suas famílias”, diz a secretária. “É preciso ser responsável no trânsito, como motorista, ciclista ou pedestre, para preservar a vida”, destacou.
Patrick Henrique, de 25 anos, que participou do bate-papo na Escola Pública de Trânsito, começou a trabalhar de entregador há cerca de três meses, para complementar sua renda. Embora atue profissionalmente há pouco tempo, já foi vítima de um acidente.
“Hoje eu coloco a minha segurança em primeiro lugar. Procuro escolher entregas mais próximas para eu percorrer distâncias menores e em pouco tempo com segurança”, disse Patrick.
O gerente geral da Rappi-Região Sul, Thiago Miashiro, afirmou que a empresa está feliz em apoiar a ação da Prefeitura e da Setran. "Todos os parceiros entendem a importância da direção defensiva e de respeitar a legislação. Estamos buscando fazer algo semelhante em outras regiões do país e vamos trabalhar para que essa ação do Maio Amarelo seja estendida ao longo de todo o ano.”
Em Curitiba, a campanha Maio Amarelo é coordenada pela EPTran e conta com panfletagens, capacitações, palestras e blitze educativas.