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42ª Oficina de Música de Curitiba

Entre toca-discos e vinis, alunos aprendem técnicas para atuarem como DJs

Primeiro dia do Curso de DJ "Vinil: A arte de manipular os discos", pela 42ª Oficina de Música de Curitiba, no Teatro da Vila. Curitiba, 29/01/2025. Foto: José Fernando Ogura/SMCS

Se engana quem pensa que vida de DJ é só curtição. Eles até podem se divertir enquanto tocam em festas e festivais, como Lollapalooza, Tomorrowland e Coachella. Mas estes artistas também precisam de muito estudo e trabalho para se aperfeiçoar.

A proposta do curso “Vinil - A Arte de Manipular os Discos”, da  42ª Oficina de Música de Curitiba, é justamente esta: apresentar os fundamentos para que os alunos possam atuar nessa profissão, que mistura técnica com sensibilidade musical. Ministradas pelo DJ Popson, bastante conhecido da cena da música eletrônica local, as aulas ocorrem durante três dias. Elas começaram nesta quarta-feira (29/1), no Teatro da Vila, na CIC.

“Este curso voltado à formação de DJs é mais um exemplo de toda a pluralidade e excelência da Oficina de Música de Curitiba, que une teoria e prática, não apenas de música barroca, erudita e popular, mas também da cena musical eletrônica”, ressaltou Janete Andrade, diretora artística do evento.

Experiência compartilhadas

Popson, paulistano radicado em Curitiba e um dos principais DJs da capital, está empolgado em compartilhar sua experiência à frente das pick-ups, mixers e discos de vinil.

“Este é um curso introdutório para conhecer a cultura hip-hop e no uso do vinil como DJ. Para avançar na área é preciso investir nos estudos até chegar a um nível em que pode tocar profissionalmente”, explicou. 

O artista reforçou que, para seguir uma carreira de DJ, ao ponto de criar uma identidade musical, é preciso muita dedicação.

Neste primeiro dia do curso, os participantes aprenderam sobre os aspectos históricos e as principais características do movimento hip-hop. Na sequência, Popson apresentou os principais equipamentos para os alunos. Depois, a turma começou a trabalhar na prática os fundamentos básicos de técnicas como turntablismo, scratch e beat juggling, que usa toca-discos e vinis para criar música ao vivo. 

Até sexta-feira (31/1), os alunos do curso de DJ vão mergulhar na música eletrônica e ter noções de seleção de repertório, equalização de equipamentos e mixagem.  

Acrobacias contagiantes

São essas acrobacias sonoras que contagiam e fazem nascer o desejo de ser DJ de quem participa do curso da 42ª Oficina de Música de Curitiba.

A técnica de som Kamilly Smith, de 22 anos, está experimentando comandar as pick-ups pela primeira vez. “Eu trabalho na área do som para cinema e também com música e canto, além de produzir algumas coisas musicalmente. Naturalmente, me interessei por esse mercado de DJ e, como tenho paixão por vinil, não poderia deixar  participar do curso”, afirmou a jovem. 

Também há quem já atue como DJ, mas veio em busca de se aperfeiçoar. É o caso do arquiteto e cenógrafo Caetano Küster dos Santos, de 29 anos. Desde ele atua na área, mas, até agora usava trabalhava com programas de computador. 

“Com o toca-discos e o vinil a gente tem mais de contato com a música e é este som que quero trabalhar. Ainda estou fazendo esse curso para conhecer mais sobre a história da discotecagem”, detalhou Santos.

Rafael Ferreira Semtchuk, de 31 anos, além de músico e produtor de eventos, já faz os convidados de suas festas caírem na pista. E, com o curso, busca mais experiência. “O Popson é referência em Curitiba em hip-hop e trabalhos com vinil. Eu tinha que vir aprender com ele”, contou Semtchuck.

A produtora musical Natalia Lima Pagno, 24 anos, deixou bem cedo a vizinha Colombo para participar do primeiro dia de aula de discotecagem em vinil. “Quero realmente trabalhar como DJ e o vinil é mágico, criando um som único e, como mulher sei que o desafio é maior, em uma cena dominada por homens, mas estou empolgada em aprender e poder trabalhar como DJ”, garantiu Natália.