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Dia do Psicólogo

Encontro destaca boas práticas em psicoterapias no SUS de Curitiba

A Fundação Estatal de Atenção à Saúde, realizou o Encontro de Psicólogos da Saúde Mental no Hospital Municipal do Idoso. Foto: Fernanda Luvizotto/Feas

A Fundação Estatal de Atenção à Saúde (Feas) realizou nesta sexta-feira (25/8), no Hospital Municipal do Idoso, o Encontro de Psicólogos da Saúde Mental.

O evento foi alusivo ao Dia do Psicólogo, comemorado no domingo (27/8), e permitiu o compartilhamento de experiências bem-sucedidas na assistência.

“Normalmente, quando nos reunimos, tratamos dos desafios. Hoje é um dia especial para compartilharmos as boas práticas”, destacou a coordenadora de Saúde Mental da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Cristiane Rasera.

"As experiências refletem a marca da política de saúde mental de Curitiba, com foco na humanização, no olhar individualizado e na qualidade da assistência prestada à população”, enfatizou a diretora de Atenção à Saúde da Feas, Tatiane Filipak.

Participaram do evento mais de 60 psicólogos que atuam nos Centros de Atenção Psicossociais (Caps), na Unidade de Estabilização Psiquiátrica - Casa Irmã Dulce (UEP) e no Ambulatório Transsexualizador.

Palestras

Pela manhã, a especialista em psicologia clínica com ênfase em psicanálise Maria Cristina Ferreira falou sobre o papel da psicologia clínica no atendimento aos usuários dos Centros de Atenção Psicossociais (Caps).

Na sequência, a mestre em psicologia social e coordenadora de contratos da SMS, Flávia Vernizi Adachi, falou sobre a prática da saúde mental sob a perspectiva do cuidado.

Mindfullness 

À tarde foi feita a apresentação de 15 projetos realizados por estes profissionais. Um deles foi a criação do grupo de Mindfullness (atenção plena) para os usúarios do Caps Boqueirão. 

“Pensando numa proposta terapêutica, tínhamos uma grande demanda de ansiosos e depressivos e logo pensei na atenção plena”, conta a psicóloga Débora Ribeiro Paulino.

“O ansioso está muito no passado ou no futuro, deixando de pensar no presente que é quando a vida acontece”, acrescentou a psicóloga. 

Segundo ela, o impacto desse comportamento é deixar de perceber o que de bom acontece no cotidiano, além de um sofrimento por algo que não se pode controlar (passado ou futuro). 

As práticas em grupo, com duração de 10 minutos, além da meditação, também utilizam aromaterapia, musicoterapia e até degustação de alimentos.  

Grupo de Mulheres

No Caps, há baixa adesão das mulheres usuárias de substâncias psicoativas às terapias em grupo. Isso levou os profissionais a identificarem motivos e pensarem em alternativas.

Muitas delas sofreram violência, inclusive do companheiro, então não se sentiam à vontade nos grupos mistos.

“Há preconceito: 'como uma mulher faz uso de substâncias e é mãe'?”, relatou a psicóloga Natália Bianco Tatsch. A criação de um grupo exclusivo para mulheres, com as mesmas histórias de vida, gerou vínculos entre as participantes.

No formato de roda de conversa, o acompanhamento psicoterapêutico é feito a partir de temáticas e dinâmicas. 

“Na medida do possível faço o acompanhamento individual para que essas mulheres criem vínculo comigo, confiem em mim e que eu consiga entender o que elas se sentem à vontade em compartilhar”, disse Natália.

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