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Cidades inteligentes

Em Taiwan, Paulo Martins conhece modelo de negócio que transforma rapidamente restos de alimentos em ativo econômico

No Taiwan, Paulo Martins conhece modelo de negócio que transforma restos de alimentos em ativo econômico. Taiwan, 19/03/2025. FOTO: Divulgação

Em busca de soluções para um dos grandes problemas das metrópoles mundiais, a gestão de resíduos sólidos, o vice-prefeito e secretário municipal do Desenvolvimento Econômico e Inovação, Paulo Martins, esteve na última segunda-feira (17/3) na cidade de Taichung, em Taiwan, para conhecer a startup da Tetanti AgriBiotech, que criou um sistema de compostagem “a jato” para a produção de fertilizantes.

O vice-prefeito está em viagem ao continente asiático para palestrar e participar do 12º Smart City Summit & Expo, integrando a comitiva do Fórum de Comunidades Inteligentes (ICF) que elegeu a capital paranaense como a Comunidade Mais Inteligente do Mundo de 2024. Por esse motivo, Curitiba foi convidada para apresentar seus predicados como modelo para outras cidades do mundo no evento em Taiwan.

Com tecnologia moderna, a Tetanti chamou a atenção da equipe da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação (SMDEI) por ter criado um processo bioquímico que reduz para apenas três horas o tempo de transformação de restos alimentares em fertilizantes. Nos processos tradicionais de compostagem, o tempo é de três a seis meses.

"Estamos em busca de soluções para o tratamento final de resíduos sólidos urbanos. O lixo precisa deixar de ser gerido como mero passivo ambiental para se tornar um verdadeiro ativo econômico da cidade, visão compartilhada por mim, pelo prefeito Eduardo Pimentel, pela secretária municipal do Meio Ambiente, Marilza Dias, e toda a gestão na Prefeitura", afirmou Paulo Martins.

Ao lado do superintendente da SMDEI, Bernardo Santoro, e do presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, Dario Paixão, Martins se reuniu com o presidente da Tetanti AgriBiotech, o especialista em microbiologia Chiu-Chung Young, que explicou o modelo de negócio.

De passivo ambiental a ativo econômico

Curitiba é referência nacional na separação de resíduos e na reciclagem de materiais: 22,5% do que é descartado é reciclado. Percentual bem acima da média nacional de 2%, segundo a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA).

Mas, assim como todas as grandes cidades e metrópoles do mundo, a destinação dos resíduos orgânicos é um grande desafio. Em Taiwan, onde a Tetanti desenvolveu seu negócio, são geradas 60 toneladas de resíduos de alimentos por dia.

Paulo Martins reforça que, além de uma solução para o que é um problema para as cidades, a tecnologia para a aceleração no processo de compostagem é altamente replicável, com grande potencial para novos negócios, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico.

Economia circular

“É um exemplo perfeito de economia circular. A empresa recebe, pela manhã, restos alimentares. Com base nesse material entrega, à tarde, fertilizantes extremamente eficientes que vão ser usados para cultivar novos e saudáveis alimentos”, elogiou o vice-prefeito.

Chiu-Chung explicou que, após sete anos de pesquisas para descobrir as enzimas que aceleram o processo de decomposição dos alimentos, criou o sistema único que transforma cada tonelada de resíduos em 250 quilos de fertilizante.

“O método tradicional de compostagem tem três problemas que solucionamos: a demora, o mau cheiro e o grande volume de espaço que ocupa”, explicou Chiu-Chung.

O processo começa com a retirada do material não orgânico e secagem do resíduo para a introdução de serragem e aditivos que suprimem o mau cheiro e equilibram o PH. O produto recebe enzimas e segue para um reator, que o aquece a 80°C e mata os micróbios nocivos à saúde humana e à natureza, transformando o que poluiria o ambiente em fonte de produção de alimentos e geração de riqueza.