No dia em que Curitiba celebra 332 anos, neste sábado (29/3), a Pirâmide Solar de Curitiba - Parque Fotovoltaico da Caximba completa 2 anos de funcionamento. Os 8,6 mil painéis fotovoltaicos geraram até fevereiro de 2025, 10.046 MWh (megawatts/hora), energia suficiente para abastecer cerca de 43 mil residências populares por um mês.
Isso resultou em uma economia de R$ 5,4 milhões para os cofres públicos da Prefeitura, recurso que pode ser utilizado em outras áreas da cidade, como subsidiar refeições do Mesa Solidária e ações de educação ambiental pela cidade.
A energia gerada pelos módulos fotovoltaicos da Pirâmide Solar é injetada na rede de distribuição da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) e o valor é abatido da conta de energia do município. Toda a energia gerada é atualmente distribuída para 316 prédios públicos da Prefeitura de Curitiba.
O prefeito Eduardo Pimentel lembra que, além da Pirâmide Solar, Curitiba também conta com os terminais solares de ônibus do Santa Cândida, Boqueirão e Pinheirinho, onde usinas fotovoltaicas foram instaladas sobre os telhados.
“Estamos estudando como implantar a segunda fase da Pirâmide Solar e buscar a autossuficiência energética da Prefeitura, ou seja, toda a energia consumida pelos prédios públicos vindo da energia renovável do sol”, disse Eduardo Pimentel.
Sustentável
Instalada no bairro Caximba, que está recebendo a maior intervenção urbanística recente de Curitiba, o Bairro Novo da Caximba, a Pirâmide Solar de Curitiba é a primeira usina solar instalada em um aterro sanitário desativado da América Latina. O empreendimento faz parte do programa Curitiba Mais Energia, uma das estratégias da cidade para combater e mitigar as mudanças climáticas, por meio da produção de energia renovável, o que também resulta em economia aos cofres públicos.
Selecionada pela rede de cidades C40, através do programa Cities Finance Facility (CFF), a proposta foi contemplada com recursos da agência alemã GIZ, (Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit) para os estudos necessários para elaboração do projeto, e segue as regras de Geração Distribuída da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A secretária municipal do Meio Ambiente, Marilza Dias, explicou que a Pirâmide Solar de Curitiba também funciona como um exemplo para as pessoas, mostrando que é possível fazer a mudança energética em cidades.
“É uma ação necessária para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis e a emissão de gases. Assim, a nossa cidade vem se tornando protagonista também em relação às mudanças climáticas”, explicou Marilza. A Pirâmide Solar também está alinhada às metas buscadas pelo Plano de Adaptação e Mitigação das Mudanças Climáticas de Curitiba (PlanClima).
Educação ambiental
A Pirâmide Solar de Curitiba também virou um ponto de troca de informações sobre as energias renováveis. A Prefeitura promove visitas guiadas para escolas, empresas, grupos, e gestores públicos de outras cidades do Brasil e do mundo.
Em 2024 foram um total de 877 visitantes de Curitiba de outras cidades e outros países, entre delegações do México, Bolívia, Argentina e Alemanha. Desde janeiro deste ano, entre visitas realizadas e agendadas já foram 275 participantes.
A última visita guiada aconteceu nesta quinta-feira (27/3), com uma escola de Fazenda Rio Grande. A próxima visita aberta para a população será feita no dia 10 de abril e as inscrições gratuitas devem ser feitas pelo Guia Curitiba.
CLIQUE AQUI para visitar a Pirâmide Solar de Curitiba. Em caso de grupos é preciso solicitar pelo e mail maeger@curitiba.pr.gov.br
Números da Pirâmide Solar
8,6 mil painéis
4,55 MWp de potência instalada
30% da energia dos prédios públicos do município
R$ 3,2 milhões de economia anual para os cofres públicos com gastos com energia da Prefeitura de Curitiba