Esta quarta-feira (2/4) é o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo. A data foi instituída pela ONU em 2007 e, no Brasil, pela Lei 13.652/2018, com o objetivo de conscientizar a população sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Para marcar a data, a Secretaria Municipal da Educação promoverá, nesta quarta-feira, duas rodas de conversa com especialistas no tema, uma às 9h e outra às 14h, no auditório do Edifício Delta (Avenida João Gualberto, 623, terceiro andar). A roda será conduzida pela professores e psicóloga Viviane Calisário da Silva. A comunidade pode acompanhar, gratuitamente.
A rede municipal de ensino de Curitiba tem atualmente cerca de quatro mil estudantes com diagnóstico de TEA matriculados, que recebem suporte especializado nos Centros Municipais de Atendimento Educacional Especializado (CMAEEs) e no Centro de Ensino Estruturado para o Transtorno do Espectro Autista (Ceetea), que faz uma média de 840 atendimentos por mês para 240 estudantes autistas.
Para o secretário municipal da Educação, Jean Pierre Neto, conscientização e respeito são fundamentais.
“A rede municipal atende crianças em inclusão com diversas características, e conhecer cada uma delas é fundamental para que todos sejam tratados com respeito e tenham o melhor atendimento possível”, afirma o secretário.
Uma das estudantes atendidas no Ceetea no contraturno é Emanuele Silva, 7 anos, matriculada na Escola Municipal José Walderley Dias, no bairro Barreirinha.
Emerson Morais da Silva, pai da estudante Emanuele.
“O desenvolvimento dela melhorou muito desde que ela começou a frequentar o centro, há um ano. Ela é outra criança, muito mais sociável. Antes ficava nervosa quando íamos ao mercado ou parávamos o carro no semáforo, por exemplo. Hoje ela leva tudo isso numa boa”, comemora o pai, Emerson Morais da Silva.
A professora Josiane Bambil, responsável pelo Ceetea, explica como funciona o espaço.
Josiane Bambil, responsável pelo Ceetea.“Utilizamos os princípios do ensino estruturado, que vai desde a organização do ambiente, rotinas, atividades estruturadas, todas planejadas de acordo com o desenvolvimento da criança, tornando o ambiente pedagógico mais previsível, tendo como objetivo o desenvolvimento da autonomia, interação social e independência”, explica Josiane.