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Especial Trabalhador Curitibano

Economia criativa cresce em Curitiba e gera oportunidades de emprego e renda

Artesão cria lúdicos pratos em madeira para a feira do Largo da Ordem. Na foto o artesão Sebastião de Freitas Filho. Curitiba 24/04/2025. Foto: Valquir Aureliano/SECOM

Quando ouvimos o termo economia criativa é comum associá-lo a jovens artistas descolados. Sim, este segmento econômico engloba as artes e os eventos culturais, mas também inclui artesanato, moda, produção audiovisual, jogos e outras atividades econômicas que têm a criatividade como principal matéria-prima. É esse ramo econômico, gerador de emprego e renda na cidade, que abre a série de reportagens da Prefeitura em comemoração ao Dia do Trabalho, festejado na próxima quinta-feira (1º/5).

O termo Economia Criativa surgiu na virada do milênio e foi criado para nomear modelos de negócio ou gestão que se originam em atividades, produtos ou serviços desenvolvidos a partir do conhecimento, criatividade ou capital intelectual de indivíduos.

O vice-prefeito e secretário municipal do Desenvolvimento Econômico e Inovação, Paulo Martins, destaca os investimentos da Prefeitura para a expansão de posições de trabalho neste e em outros segmentos.

"O apoio da Prefeitura cria um ambiente ainda mais atrativo e sólido para quem atua no setor, seja como dono de um negócio, seja como contratado. Temos o Tecnoparque, que incentiva empresas de base tecnológica, os Worktibas, para formatar novas empresas de inovação, os Liceus de Ofícios Criativos, para quem tem a vocação artesã, as permanentes qualificações para empreendedores e trabalhadores”, destaca Martins.


7,4 milhões

  • de pessoas trabalham com economia criativa no Brasil, segundo o IBGE (Instituto Nacional de Geografia e Estatística).

3,1% no PIB

  • É a participação da economia criativa no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, segundo o governo federal, maior que a participação de setores tradicionais da economia, como a indústria automobilística, que tem cerca de 2%.


Artesãos curitibanos

Como em todo o Brasil, a economia criativa prospera em Curitiba e as feiras de arte e artesanato são um bom exemplo disso, com destaque para a Feira do Largo da Ordem, que acontece desde a década de 1970. No total, mais de 900 expositores participam da carinhosamente chamada Feirinha do Largo.

Além desse exemplo mais famoso que ocorre todos os domingos, Curitiba tem feiras de artesanato nos bairros em outros 18 pontos — espalhados por toda a cidade, do Cajuru ao Tatuquara, que ocorrem de segunda a segunda.

Para participar dessas feiras, o Instituto Municipal de Turismo, responsável pelos locais, exige que os produtos vendidos sejam feitos pelo próprio expositor da capital e Região Metropolitana. Economia criativa, apenas.

Feitos à mão, os pratos e bandejas giratórios do artesão Sebastião Freitas Filho são um bom exemplo da originalidade das criações desses profissionais da economia criativa. As peças chamam a atenção de moradores e turistas que visitam a Feira do Largo da Ordem aos domingos.

Do corte das bases em madeira à pintura final, passando pela montagem das estruturas, inclusive, a ferragem giratória, cada item é feito de forma autoral por Sebastião em seu ateliê no bairro Pilarzinho.

OUÇA AQUI
Sebastião Freitas Filho, artesão.

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“Tem a escolha do material, a pesquisa das imagens para dar uma sensação de textura, o tempo de secagem, o cuidado com os detalhes. É um trabalho minucioso de criação de cada bandeja ou prato giratórios, que levam uma semana para serem finalizados. A gente dedica muito amor”, explica o artesão.

Sebastião destaca que suas criações autorais, além de decorativas, também são utilitárias, pois antes ou depois de serem usadas para servir alimentos ou bebidas, os pratos e bandejas giratórios são belos objetos para compor ambientes. “Cada peça recebe um motivo, que podem ser da natureza, imagens que eu escolho ou aquelas que o cliente pede se for um item customizado”, justifica.

O artesão reconhece a importância das feiras de artesanato da Prefeitura para fortalecer o trabalho dele e de seus colegas da economia criativa de Curitiba. “Sem as feiras, a maioria de nós não teria a mesma chance de ter o mesmo contato com um público tão grande. Minhas peças são compradas, principalmente, por turistas de Santa Catarina, São Paulo e interior do Paraná. Mas também já vendi para pessoas do Japão, Estados Unidos e Portugal”, conta o artesão.

Estúdio Riachuelo


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Outro segmento da economia criativa que cresce em Curitiba é o de arte digital e jogos, que acaba de ganhar um novo espaço da Prefeitura dedicado a quem quer empreender aliando a mente humana e a tecnologia.

O Estúdio Riachuelo, inaugurado pelo prefeito Eduardo Pimentel em março deste ano, ocupa um casarão centenário que foi completamente requalificado para se tornar referência em tecnologias de ponta para a produção de games, animação digital e cultura geek.

O Estúdio Riachuelo oferece cursos gratuitos viabilizados por editais do Fundo Municipal da Cultura, além de opções de capacitação a custo baixo para quem deseja se especializar na área. Uma das atrações espaço, administrado pela Fundação Cultural de Curitiba, é uma sala especial com 20 jogos produzidos em Curitiba, disponíveis gratuitamente ao público.


Programas da Prefeitura de apoio à economia criativa


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  • Projetos culturais podem receber incentivos financeiros através do Fundo Municipal de Cultura e do Mecenato Subsidiado. Em 2024, foram destinados a espetáculos, exposições e outras manifestações artísticas R$ 16,5 milhões, sendo R$ 2,5 milhões de investimento do município e outros R$ 14 milhões com captação de recursos junto às empresas.
  • Curitiba investe em programas de capacitação para designers e artesãos noLiceu de Ofícios Criativos. No espaço, no Largo da Ordem, trabalhadores criativos de toda a cidade encontram cursos e capacitações em diversas áreas.
  • Empreendedores criativos podem desenvolver ideias no Worktibas, os primeiros coworkings públicos do Brasil. Além do espaço físico para trabalhar, os Worktibas Boqueirão, Barigui e Pinhão Hub (Rebouças) oferecem capacitações e mentorias para que projetos em fase inicial se transformem em startups com modelos de negócios consolidados. As inscrições para ingressar nos três espaços vão até o dia 16 de maio. São 52 vagas no total.
  • Artesãos e designers locais podem comercializar seus produtos da economia criativa nas lojas #CuritibaSuaLinda, que reúne itens com motivos curitibanos, como miniaturas das capivaras, guarda-chuvas com a estampa das calçadas de petit-pavê e camisetas com o print da estufa do Jardim Botânico. Atualmente, a rede #CuritibaSuaLinda conta com uma loja online e pontos de venda no Jardim Botânico, Mercado Municipal, Torre Panorâmica e Memorial Paranista.
  • A Prefeitura incentiva a indústria da moda, outro pilar da economia criativa, promovendo o Boqueirão Fashion, semana de moda com oficinas e desfiles de designers locais na Rua da Cidadania da regional. O evento gratuito ocorre em julho e é atualmente o maior do gênero na cidade.
  • Curitiba vem atraindo produções audiovisuais, através do  Curitiba Film Comission, que passou a conectar profissionais locais com produtores que chegam 'de fora', bem como apoio técnico e logístico às produções que desejam filmar na capital. Filmes como Torniquete, Estômago 2 - O Poderoso Chefe e Traição entre Amigas foram rodados na capital paranaense e, neste mês, começou a ser filmado o longa A Arte do Roubo, dirigido pelo cineasta curitibano Marcos Jorge. 
  • A Prefeitura de Curitiba movimenta e gera empregos para o setor de economia criativa com eventos como o Natal de Curitiba, a Oficina de Música e o Inverno Curitiba. Em 2024, a programação de Natal foi responsável pela contratação temporária pelo município de 400 pessoas, entre atores, músicos, bailarinos, contrarregras e outros técnicos de produção. A cidade recebeu 292.789 turistas que injetaram R$ 399,9 milhões na economia local.
  • Maior evento de artes cênicas da América Latina, o Festival de Curitiba voltou a ter o apoio da Prefeitura de Curitiba em 2025. Na edição deste ano, o evento foi responsável por movimentar, de acordo com estimativa dos organizadores, cerca de R$ 50 milhões na economia criativa de Curitiba e região.