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Dica de passeio

Do concreto ao aço: seis monumentos contemporâneos para conhecer em Curitiba

Em vez do tradicional busto, a homenagem à primeira-dama do teatro no Paraná, Lala Schneider, é uma máscara, semelhante às utilizadas nos teatros gregos antigos. Foto: Cido Marques

Em meio às ruas movimentadas de Curitiba, um tesouro artístico passa despercebido pelos olhos dos curitibanos e turistas. Nesse cenário urbano estão quase 250 monumentos públicos catalogados pela Fundação Cultural de Curitiba.

Entre painéis, esculturas e bustos, destacam-se raridades como a última escultura em vida do baiano Emanoel Araújo (1940-2022) e obras da artista plástica Tomie Ohtake (1913-2015), ambos nomes de grande relevância no cenário nacional e internacional. 

Todas essas obras, que podem ser apreciadas ao ar livre por curitibanos e turistas, estão espalhadas em parques, praças e outros espaços a céu aberto. Elas cumprem a função de embelezar a cidade como também mostram a riqueza artística e um pouco da história da capital paranaense. 

Separamos algumas obras merecem ser apreciadas

1. Tomie Ohtake em dose Dupla - Praça do Japão e Portão Cultural


A Praça do Japão, uma homenagem aos imigrantes japoneses que contribuíram para a cidade, abriga uma escultura imponente da artista plástica brasileira Tomie Ohtake. Com sete metros de altura, a obra em aço é um tributo à comunidade nipônica e ao talento da artista.

Tomie Ohtake, nascida no Japão e radicada no Brasil, deixou um legado artístico marcado por formas geométricas e cores vibrantes, como podemos observar nessas obras.

Além disso, no Museu Municipal de Arte de Curitiba, uma monumental escultura de 11 metros de altura celebra o centenário da amizade entre o Brasil e o Japão, com mais uma criação única da artista.

Onde: Praça do Japão - (Av. Sete de Setembro, s/n - Água Verde); Museu Municipal de Arte (MuMA) – Portão Cultural - (Av. República Argentina, 3.430 - Portão)


2. Raízes Afro-brasileiras de Emanoel Araújo - Parque Tingui


À beira do lago do Parque Tingui, a escultura Raízes Afro-brasileiras de Emanoel Araújo se destaca com sua cor vermelha vibrante e forma geométrica.

Essa obra, feita de aço e com oito metros de altura, marca o centenário do movimento modernista e dos 200 anos de Independência do Brasil. Além de ser uma doação do artista, a escultura também representa uma colaboração da Galeria Simões de Assis e da empresa curitibana de engenharia metálica Brafer.

Emanoel Araújo, além de escultor, foi fundador do Museu Afro Brasil em São Paulo e suas obras são conhecidas por suas cores vibrantes, texturas e formas geométricas, que exploram a herança africana na cultura brasileira.

Onde: Parque Tingui - (Av. Fredolin Wolf, 1.870 - Pilarzinho)

3. Monumento ao Ferroviário de Poty Lazzarotto – Alto da XV


Poty Lazzarotto, um dos maiores artistas paranaenses, deixou sua marca em Curitiba com o "Monumento ao Ferroviário". Essa gravura transformada em concreto é uma homenagem ao seu pai, um imigrante italiano que trabalhou nas ferrovias.

A obra, que fica na Praça Isaac Lazzarotto, é feita de concreto, possui 2,36 x 4,00 metros e é sustentada por trilhos vermelhos.
Poty Lazzarotto era conhecido por sua influência das culturas indígenas brasileiras, suas formas orgânicas e uso expressivo de cores.

Onde: Largo Issac Lazzarotto - Cristo Rei (entre a Rua Schiller e as avenidas Sete de Setembro e Senador Souza Naves

4. A máscara de Lala Schneider - Praça Santos Andrade


Em vez do tradicional busto, a homenagem à primeira-dama do teatro no Paraná, Lala Schneider, é uma máscara, semelhante às utilizadas nos teatros gregos antigos. A escultura em bronze, na Praça Santos Andrade, captura todo o espírito de uma das maiores atrizes paranaenses.

Lala Schneider foi atriz, diretora de teatro e professora de interpretação, e seu legado é celebrado com justiça por esta obra de arte. A escultura foi criada pelos artistas plásticos argentinos Maria Inés Di Bella e Alfi Vivern, que deixaram sua marca na paisagem curitibana.

Onde: Praça Santos Andrade - (Rua XV de Novembro 2.765, Curitiba) 

5. Água pro Morro de Erbo Stenzel


A escultura em bronze Água pro Morro, criada em 1944 por Erbo Stenzel, retrata uma mulher negra carregando água na cabeça. Erbo frequentou a Escola Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro, e a modelo para essa escultura foi Emerenciana Cardoso Neves, conhecida como Anita.

Erbo Stenzel, um renomado escultor brasileiro, é conhecido por suas obras figurativas e por retratar situações cotidianas com sensibilidade.

Onde: Praça José Borges de Macedo, 214 - Centro
 

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