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Sustentável e barato

Dia Mundial da Bicicleta: Curitiba incentiva uso como transporte alternativo

Dia 03 de junho é o Dia Mundial da Bicicleta, para lazer ou trabalho, ciclistas falam sobre como é sua utilização pela cidade. Curitiba, 25/05/2024. Foto: José Fernando Ogura/SMCS

Para uns é “magrela”, para outros, “bike”, e há até quem chame de “camelo”. Independentemente do nome, a bicicleta, um meio de transporte simples, sustentável e barato, é celebrado nesta segunda-feira (3/6), o Dia Mundial da Bicicleta.

A Prefeitura de Curitiba, reconhecendo a importância do incentivo a este modal de transporte, investe em diversas frentes para garantir a presença dos ciclistas na cidade, indo desde a ampliação da malha cicloviária, até campanhas e ações educativas para e com os cidadãos que andam de bicicleta.

“É foco da Superintendência de Trânsito manter o máximo de harmonia entre os diferentes modais de transporte em Curitiba. Para isso, fazemos várias ações que visam conscientizar a população sobre questões como o respeito e zelo do veículo maior para o menor. Não é diferente para o ciclista, que deve ser respeitado pelos veículos maiores e deve respeitar o pedestre”, comentou a superintendente de Trânsito de Curitiba, Rosangela Battistella.

Educação no trânsito

A campanha educativa mais recente voltada à segurança do ciclista curitibano aconteceu durante o Maio Amarelo e segue em curso até o fim de 2024. O foco está em ações que alertam sobre os perigos de trafegar nas canaletas exclusivas de ônibus e reforçar a proibição dessa prática.

Além disso, motoristas de diversos veículos também foram abordados pelas equipes, que falaram sobre a importância de respeitar o ciclista e o espaço destinado a ele. A próxima ação em canaletas acontece na quinta-feira (6/6). “Algumas vias principais afunilam a ciclovia para a via compartilhada com os carros, que geralmente não respeitam o nosso espaço”, comentou o ciclista Roberto Siqueira. 

Durante o ano de 2023, a ABC Trânsito, antiga Escola Pública de Trânsito (EPTran), realizou 106 ações voltadas especificamente ao ciclista, abordando questões como segurança nas ruas, uso de ciclovias, respeito com o pedestre, entre outras. No total, estas ações somaram um público de 4.272 pessoas. Além disso, houve também diversas ações voltadas para outros públicos, mas que abordaram o respeito ao trânsito de bicicletas.

Roberto Siqueira completou dizendo que, ainda que muitos carros não respeitem as regras, há também os ciclistas que cometem erros. “Tem ciclista que não ajuda também, como quando andam nas canaletas de ônibus mesmo tendo a ciclovia do lado. Eles colocam a própria vida em risco”, disse.

Bikes compartilhadas

Desde 2023, caiu no gosto do curitibano também as famosas bicicletas compartilhadas. Fácil de serem identificadas, as bikes azuis da Tembici ficam disponíveis em 51 estações espalhadas pela cidade.

Recentemente, o sistema de bikes compartilhadas alcançou 1 milhão de deslocamentos em Curitiba. Em resposta à marca alcançada, a Prefeitura de Curitiba e a Tembici anunciam a expansão no número de bicicletas na cidade. O município receberá mais 280 bikes elétricas a partir desta segunda-feira (3/6). Com o aumento, a população irá dispor de 780 bicicletas, sendo 530 elétricas, um aumento de mais de 50% no número de bikes disponíveis.

“Eu estudo na UTFPR, em frente a ela tem uma estação da Tembici que uso bastante. Vou pela ciclofaixa, dá oito minutinhos até lá. Antes eu ia a pé, levava em torno de 35 minutos, ou de ônibus, mas ficava mais caro. Agora é só oito minutos e é muito seguro”, comenta o estudante Robson Rocha.

Além disso, as 51 estações espalhadas pelo município estão sendo modernizadas, com a substituição das estações atuais por estações carregadoras; a expectativa é que até o final de junho, todas tenham esta nova tecnologia.

Malha Cicloviária

Desde 2017, a capital paranaense recebeu mais 75,2 km de rede cicloviária, totalizando atualmente 283,7 km, incluindo ciclovias, ciclofaixas, ciclorrotas e vias compartilhadas. De acordo com o Plano Cicloviário de Curitiba, até 2025, a cidade terá cerca de 400 km.

O ciclista Leandro Gomboski conta que utiliza sua bicicleta para lazer e que espera esse crescimento da malha cicloviária. “Gosto de poder escolher o caminho que vou fazer e é ótimo poder evitar o trânsito. Por questão de segurança, uso mais as ciclovias”, opina.

Além de expandir a malha cicloviária, o investimento também vai para a melhoria da estrutura já existente, como a recente instalação de 1.200 placas que compõem 600 totens em diversos pontos de Curitiba, destinados a facilitar a compreensão e organização das estruturas cicloviárias para as pessoas que circulam pela cidade, trabalho feito através de uma parceria entre a Superintendência de Trânsito (Setran) e o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc).

Saúde e Sustentabilidade

Para aqueles que querem melhorar a saúde e ainda ajudar Curitiba a ser cada vez mais sustentável e resiliente, a bicicleta é uma ótima opção. O uso desse meio de transporte não emite carbono e auxilia na manutenção da força muscular e perda de peso, além de regular o sono e evitar problemas cardíacos. “A bike é meu esporte, mesmo usando mais para o trabalho, estou sempre andando nela, faz bem para a vida”, disse o ciclista Adriano Rodrigues Fernandes.

Em um levantamento realizado pela Tembici sobre a quantidade de deslocamentos realizados na cidade com as bicicletas compartilhadas, foi registrado 1 milhão de quilômetros percorridos nos primeiros quatro meses de 2024, o que corresponde a 37 voltas ao mundo e resultou em uma economia potencial de 78 toneladas de CO2, volume que seria armazenado por mais de 545 árvores.

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