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Mobilidade inclusiva

Destaque do Viva Inclusão, projeto de app quer tornar o transporte coletivo ainda mais acessível

Estudantes de Engenharia Elétrica da UTFPR recebem o prêmio Destaque na categoria Pesquisa pelo projeto do app SeeWay, em desenvolvimento para facilitar a mobilidade de pessoas cegas, das mãos da diretora do Departamento dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Denise Moraes. Foto: Levy Ferreira/SMCS

Dar melhores condições de mobilidade e autonomia às pessoas cegas que usam o transporte coletivo é a finalidade do aplicativo SeeWay, um dos destaques do 2º Prêmio Viva Inclusão, na categoria Pesquisa. O troféu foi entregue pelo Departamento dos Direitos da Pessoa com Deficiência (DPCD) da Prefeitura à equipe responsável pelo projeto no dia 03/12 – a data internacional dedicada ao segmento.  

O projeto foi concebido pelas alunas do curso de Engenharia Elétrica da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) Amanda Cerezini, Camilla Tomacheski, Gabriela Wenceslau e Gabriela Pieczarka, durante as aulas de uma disciplina introdutória. Todas têm entre 18 e 19 anos. “Estas jovens estão de parabéns pelo projeto e também pelo pensamento acadêmico inclusivo”, disse a diretora do DPCD, Denise Moraes.

O SeeWay é totalmente comandado por voz e usa funções do GPS como informar seu destino ou ônibus desejado, receber avisos de quando ele estiver se aproximando e quais os próximos pontos ou terminais durante o trajeto. Além disso, alerta o motorista sobre a presença do usuário com deficiência visual nas proximidades por meio de um dispositivo acoplado no ônibus, semelhante ao usado pelo cadeirante ao apertar o botão de parada solicitada”, explica Amanda.

Bom para todos

O dispositivo já começou a ser testado e, segundo a estudante, pode acabar com uma das principais queixas dos cegos que usam o transporte coletivo: os motoristas estacionarem longe do meio fio ou de maneira inadequada, dificultando o acesso aos ônibus.  “Assim o motorista já estará ciente de que deverá parar para uma pessoa cega antes do seu embarque.

Outra vantagem é que esse mesmo motorista, ao avistar um cego no ponto de ônibus, não vai mais precisar parar para perguntar se aquele é o ônibus em que ele deseja embarcar”, completa. A norma estabelecida pela empresa gerenciadora do transporte coletivo em Curitiba, a Urbs, é que os motoristas precisam parar e fazer a pergunta quando avistarem alguém com deficiência visual.

O desafio das futuras engenheiras, agora, é terem seu projeto selecionado para desenvolvimento como startup e conseguirem recursos para continuar investindo na ideia. Um possível caminho é a parceria mantida pela UTFPR com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), que pode selecionar novos projetos em 2025.