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Da plateia para o palco

Depois de aplaudirem peça sobre consciência negra, crianças cantam em línguas africanas

Crianças e adolescentes que fazem parte de corais, cantaram canções em línguas africanas no Memorial de Curitiba. Curitiba, 20/11/2023. Foto: Hully Paiva/SMCS

Depois de assistirem à segunda apresentação da peça “As Três Marias na Cidade do Esquecimento”, no Memorial de Curitiba, crianças e adolescentes de duas escolas da rede municipal de ensino passaram da plateia para o palco nesta segunda-feira (20/11), Dia da Consciência Negra. Organizadas em corais, elas cantaram canções em línguas africanas e foram aplaudidas pelo público.

Foi o 2º Encontro de Erês – corais cênicos infantis assim denominados em alusão à palavra iorubá que significa brincar. A atividade fez parte da programação da Assessoria de Promoção da Igualdade Étnico-racial (Apir), aberta na quarta-feira passada (15/11) e encerrada nesta segunda-feira (20/11), para celebrar o Mês da Consciência Negra. Foi uma parceria da Apir com a Secretaria Municipal da Educação para celebrar a data.

Empolgação

“Eu amo cantar essas músicas: parece que estou nas nuvens”, contou Aquiles Rodrigues Figur, de 8 anos, do Centro de Educação Integral Issa Nacli. Ele foi uma das 43 crianças da escola a apresentar quatro canções do repertório, elaborado pela arte-educadora Malu Abreu. “Com o canto, trabalhamos na rotina as culturas brasileira, afro-brasileira e indígena”, contou a pofessora.

A Escola Municipal Bairro Novo do Caic foi a segunda a subir ao palco. Formado só por meninas de 10 a 13 anos, o grupo de 20 cantoras ofereceu ao público músicas que falam sobre origens, gratidão e brincadeiras. “Temos o coral e, para essa ocasião, preparamos um repertório especial”, disse a professora e regente Natália Bueno de Mello.

Diversidade étnica e aprendizagem

A contadora Jandira Cristina de Assunção foi aplaudir a filha Nayobe, de 9 anos, que entrou no coral há cerca de 1 mês. “É muito importante para aprender e valorizar a própria origem”, disse, referindo-se à origem familiar africana.

A cuidadora de idosos Cinthia Cristina Teixeira Gomes estava de olho na performance do filho Davi Luca, de 7 anos. “Ele gosta tanto que outro dia, quando a professora pediu para as crianças desenharem o que mais gostavam na vida, uma das coisas que ele desenhou foi o coral”, contou.

As crianças deixaram o Memorial com o compromisso de retornarem em 2024, para o 3º Encontro de Erês.

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