O palco da Ópera de Arame de Curitiba estará o dia inteiro ocupado nesta terça-feira (3), com apresentações de 17 escolas que participam da Mostra Especial de Dança, promovida pela Prefeitura de Curitiba. A mostra terá participação de dançarinos com deficiência.
O evento, que faz parte do calendário oficial do Festival de Dança de Curitiba, contempla o trabalho das entidades sociais de atendimento à pessoa com deficiência, escolas de educação especial, entidades de reabilitação, grupos organizados nas regionais da Fundação de Ação Social (FAS) e grupos convidados.
“Queremos tornar mais inclusiva a participação das pessoas com deficiência nas atividades regulares de dança e do esporte que a Prefeitura promove. Tivemos uma ótima experiência recentemente nos Jogos Escolares e a ideia é envolver mais as regionais e as crianças destas escolas especiais”, disse o secretário municipal do Esporte, Lazer e Juventude, Aluisio de Oliveira Dutra Junior.
Daniela Bonifácio do Nascimento é professora de música e pedagoga e levou 23 dos 150 alunos da Escola São Camilo de Educação Especial, que fica no bairro Santa Cândida, para a mostra. Ela conduziu a apresentação tocando violão. O grupo apresentou uma coreografia intitulada “Dança Circular Africana”, ao som da música Oni Saure (canto para Oxalá).
“Estar no palco da Ópera de Arame, uma das referências postais de Curitiba, nos faz perceber que a arte pode ser inclusiva. Para eles, esse contato com o palco é uma forma de inclusão no mundo da arte”, disse a professora, que ensaiou o grupo desde agosto para a apresentação da Mostra Especial de Dança.
“Deu tudo certo e senti um frio na barriga quando olhei para a plateia”, disse Ana Cristina, de 21 anos, que dançou pela Escola São Camilo.
Diante da proposta de integração e inclusão da Prefeitura nas atividades de dança e esporte, dois grupos com crianças sem deficiência participaram da mostra. São jovens assistidos pelas orientadoras de Esporte e Lazer da Prefeitura, dos bairros Boqueirão e Bairro Novo.
“O espaço é perfeito e para eles ficou claro que a dança é possível para qualquer tipo de público. Alguns pais dos nossos alunos ficaram impressionados com a capacidade da crianças especiais em atuar e interagir”, destacou a orientadora de esporte e lazer Eloise Figueiredo de Freitas, que realiza um trabalho com crianças no Centro de Esporte e Lazer da Vila Tecnológica.
Uma das apresentações que encantou a plateia foi a da Escola Agrícola Henriette Morineau, que trouxe de Santa Felicidade a alegria italiana na coreografia Bella Napoli. Jeferson de Souza, de 36 anos, participou da apresentação e comemorou. “Deu tudo certo de acordo como ensaiamos e fiquei emocionado”, disse Souza. A Escola Agrícola Morineau atende 170 crianças.
A mostra tem por objetivo fomentar a inclusão da pessoa com deficiência por meio da dança. O evento é organizado pela Secretaria Municipal do Esporte, Lazer e Juventude, em parceria com as secretarias municipais de Educação, dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Instituto Pró Cidadania de Curitiba e Fundação Cultural de Curitiba.