Nesta quinta-feira (15/9), um grupo de 50 crianças de 8 e 9 anos, estudantes das escolas municipais Leonor Castellano e São Miguel, tiveram uma aula de campo no Palácio 29 de Março, sede da Prefeitura, onde foram recebidos pelo prefeito Rafael Greca, pelo vice-prefeito Eduardo Pimentel e pela secretária municipal da Educação, Maria Silvia Bacila.
Esta foi a primeira aula dos curitibinhas na Prefeitura desde a chegada da pandemia da covid-19. O encontro, que era uma tradição, precisou ser adiado por causa das medidas de segurança contra a doença.
Lucas Adriano da Silva dos Santos, da Escola Municipal São Miguel, entregou um desenho e uma carta ao prefeito com um pedido especial. “Eu quero que o prefeito seja presidente da República, o trabalho que ele faz aqui é muito bom”, elogiou.
Na ilustração, Lucas desenhou crianças ao lado do prefeito com a faixa de presidente. Emocionado, Greca agradeceu, mas disse que gosta de ser prefeito.
“Isso revigora e faz bem ao meu coração de prefeito. Depois de um longo período de isolamento, nós voltamos a receber os curitibinhas no Palácio 29 de Março. É muito importante que as crianças tenham a noção de pertencimento, de pertencer à cidade. A vinda delas ao Palácio 29 de Março significa que a Prefeitura é delas”, disse Greca.
Expressão e criatividade
Pela manhã, o encontro foi com as crianças da Escola Municipal Leonor Castellano e à tarde com as da Escola São Miguel. Elas apresentaram ao prefeito as calçadas do futuro do Linhas do Conhecimento para o Dia do Mão na Massa, celebrado nesta quinta.
O Dia do Mão na Massa é uma iniciativa da Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa (RBAC), movimento apoiado pela Fundação Lemann e pelo MIT Media Lab. A educação curitibana integra o Programa Escolas Criativas idealizado pela RBAC com apoio das fundações Lemann e Lego.
“Curitiba participa de várias ações da cultura maker, uma delas é com a RBAC. Hoje, 45 escolas municipais fazem parte da rede de Escolas Criativas”, contou a secretária Maria Silvia.
As duas escolas apresentaram um futuro que promete muita inovação. A calçada do curitibinha Miguel de Almeida, da escola Leonor Castellano, teria um dispenser para pinhões. “Ele será colocado junto às árvores. O pedestre aciona um botão, os pinhões descem por uma esteira e caem na vasilha”, explica.
Há também calçadas para gerar energia, ideia do Gabriel Gimenez Massaneiro. “Na calçada tem um dispositivo que gera energia quando entra em contato com a bicicleta. A quantidade equivale à energia de três shoppings.”
Calçadas térmicas e seguras
Há também calçadas musicais, outras que contam a história da araucária, árvore símbolo do Paraná, e calçada térmica projetada pelos curitibinhas Otávio Casagrande Gotardi da Costa e Nathan Fernandes Ferreira. “Nos dias frio, ela aquece, e nos dias quentes, ela fica fria”, conta Nathan.
A ideia surgiu em um dia típico de inverno em Curitiba. “Eu estava com os pés gelados, quando pensei: a calçada poderia ser quente”, disse Otávio.
Imaginação não faltou aos curitibinhas. Eles desenvolveram os trabalhos a partir de um dos símbolo de Curitiba, as calçadas em petit-pavé que trazem desenhos das pinhas.
A Gralha Azul foi destaque na calçada da segurança. “Alguém em perigo pisa na ave que emite um som e chama a atenção de outras pessoas”, imagina o pequeno Otávio Bazzo Tomas.
O encontro faz parte do Programa Linhas do Conhecimento, que transforma Curitiba em uma imensa sala de aula.