Curitiba deu início aos trabalhos de levantamento e adequação de ações e políticas públicas para integrar a Rede de Cidades e Comunidades Amigas das Pessoas Idosas, da Organização Mundial da Saúde (OMS). As primeiras reuniões de trabalho para definição das ações da agenda aconteceram nesta semana. Na manhã desta quinta-feira (15/12), no Salão Brasil, o encontro contou com a participação do prefeito Rafael Greca.
“Todos os critérios de qualidade de vida que já adotamos serão acrescidos dos critérios internacionais de proteção aos idosos”, disse Greca. “Assim nos preparamos para tornar cada vez melhor a vida dos curitibanos que estão envelhecendo, eu incluído”, completou.
O prefeito lembrou que há cerca de mil pessoas com mais de 100 anos na cidade e que a capital já conta com uma ampla rede de proteção à pessoa idosa, seja na saúde, com o atendimento domiciliar e o Hospital Municipal do Idoso; ou na segurança social, com o atendimento pela Fundação de Ação Social (FAS) e Defesa Social.
Em questões de infraestrutura e acessibilidade, destacou o prefeito, já foram iniciados os investimentos em readequação de calçadas em vias de maior movimento, além de elevadores e rampas em terminais e estações de transporte coletivo. São exemplos disso, os programas Rosto da Cidade e Caminhar Melhor, que promovem a requalificação de áreas urbanas e suas calçadas. Outro programa voltado à qualidade de vida e saúde da população é o Curitiba Viva Bem, que reúne políticas públicas de diversas áreas da administração.
A multidisciplinaridade das ações da cidade foi destacada pelo coordenador de Família, Gênero e Curso de Vida do escritório da Organização Panamericana de Saúde (OPAS) e da OMS no Brasil, Ariel Karolinski. “Esse tipo de visão é muito necessária à Rede”, afirmou. De acordo com Karolinski, o Paraná é o estado que deve ter a inversão da pirâmide etária ainda três anos antes de todo o Brasil, mas é também o que tem mais cidades fazendo parte do programa de cidades amigáveis à pessoa idosa.
Curitiba como exemplo
Para a deputada federal Leandre Dal Ponte, que esteve no gabinete do prefeito Rafael Greca no final de novembro para tratar de questões de envelhecimento da população, a vinda de Curitiba para a rede vai ser importante para todo o Brasil, já que a capital paranaense sempre serve de exemplo. “Vocês com certeza serão um centro colaborador. A cidade já faz muito pela pessoa idosa e vai poder fazer ainda mais ao integrar a rede e iniciar essa parceria com a OMS e com a OPAS”, reforçou.
Na prática
O processo será intermediado entre as áreas da Prefeitura de Curitiba pelo Instituto Municipal de Administração Pública (Imap). “Neste momento, reunimos todas as ações da cidade em prol das pessoas idosas para que possamos dar o presente de integrar a Rede quando Curitiba completar seus 330 anos, em 2023”, contou o presidente do Imap Alexandre Matschinske.
Participaram da reunião, ainda, a representante da OPAS e OMS no Brasil, via videoconferência, Socorro Gross; o assessor especial de Articulação Política, Lucas Navarro de Souza; o secretário do Governo Municipal e presidente do Ippuc, Luiz Fernando Jamur; o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto; a secretária da Saúde, Beatriz Battistella Nadas; e representantes da Fundação de Ação Social, Secretaria do Esporte, Lazer e Juventude e do Meio Ambiente.
Os planos e programas de Curitiba foram apresentados pela diretora de Planejamento, Pesquisa e Inovação do Imap, Adriane Cristina dos Santos; pela diretora de Projetos do Ippuc, Célia Bim; e pela assessora do gabinete da Secretaria Municipal da Saúde, Raquel Ferraro Cubas. As ações fazem parte do compromisso e dos esforços da cidade para cumprir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.