Curitiba tem a melhor qualidade do ar entre as cidades de grande porte do Brasil. A informação tem como base pesquisa inédita da Organização Mundial da Saúde (OMS), que monitorou 1,1 mil cidades de 91 países.
A OMS recomenda que a concentração de partículas finas de poluição no ar não passe de 20 microgramas, ou seja, 20 milionésimos de grama por metro cúbico de ar.
Foram coletadas as taxas de poluição por capital e cidades com mais de 100 mil residentes. Nesse ranking, o Brasil está na 44ª posição.
Os números, divulgados na última semana, revelam que a capital paranaense se destaca ao lado de Belo Horizonte e a região do Pontal do Paranapanema, com a taxa de poluição atmosférica abaixo da média (20 microgramas por metro cúbico).
Segundo a OMS, mais de 2 milhões de pessoas morrem a cada ano em decorrência de doenças provocadas pela inalação de partículas finas de poluição.
Ações – Para manter a qualidade do ar, a Prefeitura de Curitiba tem investido em ações educativas e de preservação. A arborização é um exemplo das políticas públicas que vem dando resultado.
Curitiba atualmente possui cerca de 300 mil árvores nas ruas. As alterações mais significativas na arborização da cidade nos últimos 26 anos estão na maior diversidade de espécies plantadas em vias públicas e o aumento em 100 mil metros quadrados na área das copas das árvores, que deixou Curitiba ainda mais verde vista de cima e mais protegida da insolação.
Os dados fazem parte da pesquisa do engenheiro florestal Rogério Bobrowski, do Departamento de Pesquisa e Monitoramento da Secretaria do Meio Ambiente.
Em 1984 na amostragem realizada foi constatada a existência de 94 espécies para plantada nas ruas da cidade. Em 2010 o número aumentou para 122 espécies, com destaque para a introdução de nativas e remoção das exóticas invasoras como o Alfeneiro.
IAP – Relatório divulgado pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) em agosto confirma que a qualidade do ar em Curitiba e Região Metropolitana permaneceu dentro dos padrões nacionais de qualidade – estabelecidos pela Resolução Conama no 03/90 – em 99,8% do tempo ao longo do ano de 2010.
Segundo o relatório, a qualidade do ar permaneceu com a classificação “boa” durante 95% do período monitorado e 4,8% como “regular”. Em apenas em 0,2% do período monitorado a classificação da qualidade do ar foi considerada como “inadequada” ou “má”.